Cantor de 63 anos afirmou que sua energia é natural e que não cansa nunca

Animação. Essa é a melhor maneira de se descrever Bell Marques. Aos 63 anos, o cantor esbanjou simpatia ao chegar para coletiva de lançamento de Fênix, seu primeiro DVD da carreira solo, em São Paulo. O primeiro show da turnê acontece nesta sexta-feira, dia 1º, na Audio Club na capital paulista.

Logo na entrada, o músico cumprimentou individualmente cada um dos jornalistas presentes e ainda fez questão que todos provassem o vinho e o queijo que trouxe para deixar o papo mais descontraído.

“Vinho é a única bebida que eu tomo, bebo socialmente”, afirmou aos risos e me propondo um brinde quando perguntei se o vinho era fonte da sua inesgotável energia em cima e fora dos palcos.

Francisco Cepeda/AgNews

“Eu não me canso, quero sempre buscar o melhor. A música lhe permite sonhar, mas se você somente sonhar, ela não vai te levar a lugar nenhum, agora se você sonhar e trabalhar, ela vai te levar a lugares incríveis”, continuou.

Quando resolveu deixar o Chiclete com Banana e seguir em carreira solo, Bell sabia que a maior dificuldade seria se reinventar. Dois anos depois, o sorriso no rosto deixa claro que Bell está feliz e realizado com a decisão.

“Na hora que eu saí do Chiclete com Banana tinha uma dúvida na cabeça das pessoas, se seria uma carreira promissora como muitos que escolheram a carreira solo ou se eu acabaria caindo no esquecimento como muitos outros que saíram de grandes bandas. Hoje eu sei que é muito difícil e não é incompetência de ninguém quando acaba no esquecimento. É uma fase dificílima, você sair de uma banda como o Chiclete com Banana, saber que aquilo era a sua história, sua voz, a sua personalidade, as suas criações e você montar uma história paralela e não poder mudar muito porque eu sou uma única pessoa, não podia ficar inventando muito duas coisas ao mesmo tempo e competir com o nome monstruoso e bacana como é o Chiclete com Banana. Então eu só tinha uma opção, que era trabalhar bastante para conseguir canções boas, fazer bons arranjos e construir uma boa banda e fazer com que as minhas músicas fossem reconhecidas outra vez”, afirmou.

Para o cantor, a diferença entre o Bell do Chiclete e o Bell de agora é bem clara: “O de antes fez tudo isso lá no começo da carreira, depois você relaxa um pouco e vem desfrutando de tudo, agora eu tive que começar tudo de novo”.

A turnê do DVD, que conta com participações de Wesley Safadão e Rafa e Pipo Marques, filhos de Bell, começa em São Paulo devido ao fato de o Nordeste estar em período das tradicionais festas juninas. No entanto, o cantor mostra todo o seu carinho por São Paulo.

“Eu tenho um público muito grande e fiel aqui em São Paulo. Esse público me acompanha há gerações. É positivo você começar a turnê por um lugar que você é bem visto, querido e que é bem representado dentro da sua história. A turnê nasceu aqui e devemos passar por aqui novamente até janeiro”, contou.

Bell Marques ainda mandou um recado para todas as pessoas que sonham em participar do X Factor. Para o cantor, o “fator X” é o que faz a diferença entre cantar bem e se tornar um estrela.

“A definição do artista não está em ele ter uma boa voz, ele tem que ter uma boa voz e alguma coisa a mais que ninguém consegue explicar”, explicou.

Fonte: Band