Em entrevista concedida ao Portal Integração, Dom Juarez, bispo da Diocese de Oeiras, falou sobre a transferência do Pe. Kleyton de Oeiras para Simplício Mendes, e das manifestações a favor da permanência do pároco na Capital da Fé.
Dom Juarez explica que a transferência dos padres na Igreja é um procedimento absolutamente normal; e nos últimos tempos a mudança é, ainda mais recomendável e benéfica, a partir da Conferência de Aparecida, que aconteceu em 2007, que convida a sermos uma Igreja em “estado permanente de missão.” O Papa Francisco, diz que devemos ser uma igreja “em saída”. A mudança é sempre benéfica, para quem vai e para quem fica. Quem vai enriquece horizontes com novas experiências, leva experiências também para os outros. Quem fica faz experiência com outros missionários que vêm. “Os dons e carismas do padre que parte servirão para evangelizar em outra paróquia, sem prejuízo para aquela, pois quem envia missionário recebe a sua recompensa e se enriquece”, disse.
D. Juarez explica que foram várias transferências, e não só a do Pe. Kleyton Vieira. “Todos os padres que nós transferimos foram previamente avisados. Primeiro, quando os padres assumiram as paróquias a seis anos atrás, tanto eles como o povo das paróquias, foram devidamente comunicados através de um documento chamado Provisão Canônica, pelo qual o bispo confere ao padre um ofício e estabelece o tempo em que o padre irá permanecer na paróquia. Isso foi feito há 6 anos atrás com todos os padres”, destaca. “Segundo, estamos comunicando novamente com uma antecedência de dois meses favorecendo que os padres se preparem para entregar as paróquias onde estavam e assumir as novas paróquias. Este dinamismo missionário é salutar”, destaca.
“Estamos transferindo os primeiros padres da nossa gestão como bispo na diocese de Oeiras. A todos aqueles que nomeei quando cheguei, completam agora 6 anos, e por isso essas transferências. Tanto os padres como as comunidades sabiam o que iria acontecer”, explicou o bispo.
Dom Juarez enfatiza o respeito pelos manifestantes e disse que defende e respeita o direito de as pessoas manifestarem seus sentimentos. “Vejo até com uma certa admiração, pois, são manifestações de reconhecimento, de gratidão, pelo bom trabalho que o padre faz na paróquia. Fico feliz com isso. Ficaria triste se as pessoas não gostassem do padre”.
O bispo finalizou afirmando “na Igreja, somos servidores sem morada permanente. A vida e a missão continuam. A nossa meta é o Reino de Deus. Que Deus nos ajude a sermos fieis ate o fim”.
Da redação
Welliton Mariano