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Bloqueio de recursos pode inviabilizar funcionamento da UFPI de Picos

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O bloqueio de 30% dos recursos das universidades federais promovido pelo Ministério da Educação tem repercutido seriamente por todo o Brasil, e em Picos não é diferente. O diretor da UFPI – Campus Senador Helvídio Nunes de Barros (CSHNB), Prof. Dr. Gleison Monteiro, afirmou que o funcionamento da instituição poderá ser inviabilizado no segundo semestre desse ano se a medida não for revertida.

“Nós não teremos como manter a prestação de alguns serviços, e teremos de cortar ainda mais da vigilância, que está no limite, e o Campus de Picos é todo aberto, e estamos no limite do serviço de limpeza, e no limite dos serviços administrativos”, relatou.

O bloqueio de 30% dos recursos repercutirá também sobre os estudantes em serviços bastante utilizados, como o transporte oferecido pela universidade. O Campus de Picos dispõe de dois ônibus, um faz o transporte dos alunos do centro da cidade até a universidade, enquanto o outro é utilizado para que os acadêmicos possam se deslocar para outras cidades para participarem de congressos.

“Será a questão do transporte, dos programas e projetos de extensão, pois todos eles são bancados com os recursos do custeio da universidade, e tudo isso pode ser cortado”, explicou.

Diretor da UFPI de Picos, Prf. Dr. Gleison Monteiro

Ainda na lista do que pode faltar para a UFPI de Picos, está o material de consumo necessário para o funcionamento da instituição, como os reagentes utilizados nos laboratórios e os materiais do consultório odontológico. “Tudo o que se compra entra dentro do consumo, então isso pode impactar, e para o segundo semestre não temos a ideia de qual vai ser o impacto do orçamento em si”, frisou o diretor.

No entanto, esse não é o primeiro bloqueio de recursos sofridos pela UFPI em 2019. Gleison informou que já no mês de março deste ano a UFPI sofreu um corte de 26% nos recursos, o que motivou uma reunião de urgência entre todos diretores da instituição e a reitoria, com o fim de saber onde os investimentos poderiam ser reduzidos. “Foi decidido que o corte iria para a terceirização, pois é nele que está grande parte dos custeios, pois nós temos de pagar energia, internet, água, telefonia e a prestação de serviços”, explicou.

A UFPI, assim como todas as universidades federais do Brasil, estava trabalhando com o orçamento aprovado no ano passado, mas agora estão sendo obrigadas a se adequar e ainda com o risco de não poder mais funcionar. “E esse orçamento está sendo minguado e com cortes, e isso se complica porque nós temos que manter os serviços”, declarou o diretor.

A UFPI em números

O Campus Senador Helvídio Nunes de Barros (CSHNB) atente a 3254 estudantes, oferecendo 11 graduações, contando com os serviços de 250 servidores efetivos, dentre professores e técnicos, além de 150 terceirizados. Dessa forma, a UFPI tem uma função importante para a economia local.

O diretor Gleison pediu que a sociedade pressione pelo cancelamento do bloiqueio de 30% do orçamento da educação. “Que a gente possa construir uma corrente positiva e que possamos reivindicar a preservação da UFPI, para que ela continue com o seu funcionamento pleno, e isso é independente de partido político, a UFPI é maior do que qualquer partido político, e temos aqui um compromisso social”, declarou.

 

Fonte: Folha Atual

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