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Brecha de privacidade no Facebook deu acesso às mensagens de 1,5 mil usuários

Facebook Messenger
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Foto: Menos Fios / Canaltech

 

Essa afirmação veio por meio da ferramenta liberadas nesta terça-feira (10), que permite a cada um, individualmente, saber se seus perfis foram utilizados pela Cambridge Analytica. Em meio ao texto, o Facebook cita também que, além de curtidas, fotos, dados pessoais e outras informações, está a revelação de que mensagens privadas também podem ter sido acessadas.

A GSR, responsável pelo quiz de personalidade “This Is Your Digital Life”, confirmou que essa obtenção efetivamente aconteceu e que, perto do total de dados obtidos pela ferramenta, o volume de dados oriundos do sistema de inbox da rede social é bastante pequeno. Aleksand Kogan, pesquisador da companhia, disse nunca ter compartilhado tais informações com a Cambridge Analytica, utilizando-as apenas para pesquisas relacionadas ao uso de emojis em conversas privadas.

A própria empresa de marketing confirmou isso, afirmando jamais ter obtido acesso a dados de usuários do Messenger em meio ao gigantesco volume de dados que adquiriu da GSR. Ainda assim, se trata de mais uma flagrante violação de privacidade, não apenas para os usuários atingidos em si, mas também para os amigos e contatos com quem eles mantiveram algum tipo de comunicação.

Mais uma vez, a responsável pela brecha é a maneira pela qual o Facebook lidava com suas permissões. Antes das mudanças que também impediriam a obtenção de um volume de informações tão grande por terceiros, usuários poderiam garantir que aplicativos tivessem acesso às suas mensagens pessoais. Tal garantia precisava ser dada de maneira expressa com um clique em uma autorização específica exibida na tela no momento de instalação do software.

Na época, o sistema de mensagens privadas do Facebook funcionava mais como uma caixa de e-mail do que como um mensageiro, o que significava que ele também era pouco utilizado. É por isso que tal abertura existia, de forma que o usuário pudesse utilizar, por exemplo, aplicações que concentrem mensagens de texto de diferentes serviços em uma única interface, de forma a facilitar o processo de resposta.

Essa possibilidade deixou de existir em 2015, quando vieram as alterações que não mais permitiam o acesso aos dados de amigos uma vez que um usuário dava permissões para leitura dos próprios dados. Aí, porém, o estrago estava feito, com a GSR já de posse das informações de 87 milhões de pessoas, em sua maioria americanos, que vendeu à Cambridge Analytica para uso em campanhas de publicidade.

Mais uma vez, a crítica não é apenas em relação à brecha nos sistemas de proteção em si, mas também ao fato de o Facebook só ter informado aos usuários sobre isso agora. A obtenção de mensagens privadas por terceiros representa uma flagrante violação de privacidade, principalmente devido ao fato de tais comunicações serem secretas e, sendo assim, possivelmente conterem informações sensíveis, ao contrário de dados públicos que o usuário escolheu abrir para toda a rede social.

 

Fonte:Terra

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