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Cabos de internet no mar? Entenda como a internet chega até você e se há risco de uma ação ‘derrubar’ a conexão no Brasil

Você sabia que a internet do mundo todo é conectada por cabos físicos? Não são satélites e nem uma nuvem, mas cabos de fibra óptica que processam as informações na velocidade da luz. O funcionamento da internet voltou a ser debatido por conta da construção de uma usina em Fortaleza que teoricamente pode prejudicar a conexão no Brasil.

🌠 Na prática, essas conexões levam e trazem informações virtuais em questão de segundos, não importa a distância.️

⛓️ São esses cabos de fibra óptica que ligam os continentes entre si com conexões subterrâneas ou submarítimas. E este fato, de que os cabos da internet do mundo todo estão no fundo do oceano, gerou uma comoção nas redes sociais esta semana.

🏖️ Tudo começou com a notícia de que a construção de uma usina em Fortaleza próxima a cabos submarinos de internet pode prejudicar a conexão no Brasil. Especialistas ouvidos pelo g1 apontam que pode haver imprevistos durante as obras e mudanças no relevo oceânico que afetariam o funcionamento da rede

📍 A capital cearense é um local estratégico para as operadoras de internet. De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), na Praia do Futuro, onde seriam feitas as obras, passam 17 cabos submarinos de 8 empresas. Isto quer dizer que lá existe um hub, um ponto de conexão de cabos submarinos que ligam o país a outras regiões do planeta, como África, Europa e América do Norte e Central.

📲 Segundo o Ministério das Comunicações, 90% do tráfego de internet do Brasil passam pelo local.

Há riscos para a internet no Brasil?

Especialistas ouvidos pelo g1 apontam que pode haver imprevistos durante as obras e mudanças no relevo oceânico que afetariam o funcionamento da rede.

O governo do Ceará anunciou o projeto da usina para transformar a água do mar em água potável e afirma que ele aumentará em 12% a oferta de água na região metropolitana Fortaleza. Mas a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e as operadoras de internet questionam esse plano, que tem como sede a Praia do Futuro. No local, passam 17 cabos submarinos de 8 empresas, de acordo com a agência.

A construção deixará muito próximas duas estruturas importantes – a de telecomunicações e a de dessalinização da água. Por isso, entidades interessadas têm se manifestado sobre a proposta:

  • A Anatel afirmou ao g1 que informou sua oposição à obra em setembro de 2022, mas que foi notificada sobre a alteração no projeto em agosto de 2023; agora, a agência analisa os ajustes apresentados para verificar se o convívio entre os dois projetos é viável;
  • A Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) confirma as modificações no projeto, o que inclui a mudança do ponto de captação da água para uma área a mais de 500 metros de onde passam os cabos; a empresa diz que a versão atual do plano “não apresenta nenhum risco ao funcionamento dos cabos submarinos localizados na Praia do Futuro”;
  • A associação de operadoras TelComp, que inclui empresas como a cearense Brisanet, afirmou ao g1 que “a discussão sobre a construção da usina é legítima e a implementação de tal política pública é necessária”, mas alegou que “existem locais mais adequados e seguros para sua instalação” e que a escolha pela construção na Praia do Futuro é “infeliz, inoportuna e inapropriada”;
  • A Conexis, associação onde estão operadoras Claro, Vivo, Tim, Oi, Algar Telecom e Sercomtel, afirma que suas associadas “manifestam preocupação com os riscos apontados pela área técnica da Anatel.

Fonte: G1

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