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Caminhoneiros se recusam a entregar milho na Conab em Picos

Alegando falta de estrutura e demora no descarregamento do milho, cerca de 15 caminhoneiros decidiram, nesta segunda-feira (17), não descarregar o produto na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em Picos.

Os caminhoneiros vieram dos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Bahia e estão há 15 dias na cidade. Até esta tarde seus caminhões ainda não haviam sido descarregados.
Eles alegam que estão sendo prejudicados financeiramente com a demora, além de estarem há muito tempo longe de suas famílias. Os motoristas foram fretados pela  transportadora Giro Certo.
De acordo com o representante do escritório de advocacia que defende os caminhoneiros, Miguel Santos, eles estão cumprindo a Lei 11.442, que diz que a partir da 5ª hora parada os profissionais têm o direito de receber R$ 1 a cada tonelada/hora.
“Os direitos deles estão sendo totalmente desrespeitados, uma vez que nem um pátio adequado para estacionar os caminhões existe no local, como também banheiros. Então eles estão numa situação realmente precária, estão impedidos de trabalhar por causa dessa situação”, conta.
Segundo Miguel, a Conab teria que apresentar uma posição para resolver o impasse. Ele informa também, que está recorrendo junto à Lei para encerrar o mais breve possível essa história.
Os caminhoneiros foram informados pela transportadora que o erro não é dela, mas eles discordam, uma vez que a empresa recebe um repasse da Conab que não estaria sendo repassado para aos motoristas. “Fica nesse impasse, a Conab fala que repassa e a transportadora diz que a Conab não repassa o que é de devido para pagar os motoristas, assim os únicos prejudicados são os motoristas, que estão levando prejuízo”, conta.
Prejudicados
Para o gerente da Conab em Picos, Francisco Sobrinho, o único prejudicado com esse impasse são os produtores. Ele informa que 4 mil toneladas de milho deveriam ser entregues nesta semana. As vendas do produto estão paralisadas.
Segundo ele, a Conab está pronta para receber o milho. “Inclusive os 15 [motoristas] que estão presentes, mas não podemos obriga-los a descarregar e também não podemos julgá-los se estão certos ou errados, cada um sabe o que tem direito ou não”, fala.
Mais oito carretas chegaram nessa segunda-feira(17) na cidade. Os caminhoneiros também aderiram o movimento e não irão descarregar o produto.
A Polícia foi acionada para manter a ordem e acompanhar o movimento.
Os caminhoneiros informaram que irão continuar sem  descarregar o produto enquanto o impasse não for resolvido.
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Com informações do Riachão Net
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