Carol Nakamura nasceu na Tijuca, filha de pai descendente de japoneses e mãe carioca. Seu sonho, desde pequena, era ser bailarina, mas o dinheiro era pouco para suportar os custos com as aulas e as roupas de balé. Por isso, a mãe fez com ela um acordo: pagaria as aulas por um ano, e ao final desse prazo Carol teria que ser aprovada na seleção da Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, primeira instituição de dança clássica fundada no Brasil, onde o ensino da arte era gratuito.
Chegou a integrar a comissão de frente da Beija-Flor e a trabalhar em lojas de shoppings. E foi numa dessas lojas que ela recebeu um convite para fotografar o catálogo da Philippe Martin.
Depois de muitas dificuldades, surgiu uma nova chance, de novo na Argentina, para onde ela foi de ônibus, participar da montagem teatral de “A bela e a fera”. Em seu eu papel ela dançava e cantava em playback. O esforço valeu a pena, já que coreógrafo do espetáculo era Sylvio Lemgruber, o mesmo do balé do Faustão, onde Carol está há sete anos.
Mas em 2009 o destino a fez passar por outra experiência desagradável. Depois de quatro cirurgias mal sucedidas em razão de erros médicos, Carol teve que retirar um dos rins. Mas ela superou e voltou à luta. Como não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe, ela foi escolhida por Fausto Silva para trabalhar junto à plateia.
– O Fausto é uma pessoa super generosa; quantos apresentadores dão chances, quanto mais para uma bailarina? – pergunta Carol, que se emociona ao lembrar as dificuldades por que passou.
VEJA FOTOS DO SEU NOVO ENSAIO
globo.com/180graus