Acontece nesta quarta-feira (16), o julgamento do borracheiro José Martins de Sousa, conhecido como Cancão, acusado de tentativa de homicídio contra os dois enteados – um deles vindo a óbito – num crime que chocou Oeiras, em abril deste ano.
O crime é tratado como primeiro caso de feminicídio a ser julgado na Comarca de Oeiras. O feminicídio, assassinato de mulheres por violência doméstica ou discriminação de gênero, passou a constar em março deste ano na Lei de Crimes Hediondos. Além deste crime, Cancão é também acusado de tentativa de homicídio qualificada por motivo torpe, direção embriagada e porte ilegal de arma de fogo de uso proibido.
O júri popular acontece no Fórum Desembargador Cândido Martins. Segundo denúncia do Ministério Público, José Martins de Sousa, completamente embriagado, na direção de seu veículo, chegou à residência das vítimas, portando uma arma de fogo. Ao encontrar a primeira vítima (Vitória), na calçada, efetuou três disparos (cabeça e abdómen). A segunda vítima (José) saía da casa, quando recebeu um disparo no abdómen, caiu, levantou e saiu correndo.
O acusado, em seguida, invadiu residência de sua ex-companheira, Maria Luzinete de Almeida, conhecida como Netinha, diretora da Escola Estadual José Coelho Reis, mas a mesma, ao ouvir os disparos, correu para o quintal e subiu o muro, tentando fugir. Ao visualizar o acusado se afastando do local do fato, Netinha prestou socorro a sua filha, porém, percebeu que o acusado havia ido à residência de sua sogra (dele), à procura da segunda vítima.
Netinha, então, correu e se abrigou na casa de um vizinho. O acusado efetuou mais cerca de 4 ou 5 disparos, sem descer do veículo, todos em direção ao corpo de Vitória, e em seguida, fugiu em direção à cidade de Floriano/PI, ocasião em que foi preso – próximo a localidade Alto Sereno – na posse de um revólver calibre 38 municiado, numeração raspada.
Da redação | Portal Integração