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Chega de falsidade!

Na estante de livros da minha tia Amália Campos, havia uma pasta de fino couro contendo miudezas. Menino curioso, passei a ler um recorte de velho jornal que muito me impactou. A matéria tratava dos episódios que culminaram com a “Adesão do Piauí ao Grito do Ipiranga”. Foi então que, pela vez primeira, tomei conhecimento da figura de João José da Cunha Fidié, Comandante das Armas de antanho.

Em 1968, tomava aula particular na casa da professora Maria do Rosário Nunes Brandão, localizada no Beco do Quartel, hoje, Rua Coelho Rodrigo. Quando a preceptora discorria sobre o Piauí, tomei a palavra e focalizei, com desenvoltura, o que havia lido há pouco acerca daquele processo histórico. Terminada a aula, o Marcos Santana passou a me chamar de Fidié. Não dei a mínima!…

Mais uma vez haverá, aqui, as solenidades alusivas à “Festa do 24 de Janeiro”, data em que, em 1823, num bem urdido movimento patriótico liderado pelo Visconde da Parnaíba – Manoel de Sousa Martins – as autoridades portuguesas foram apeadas do poder, quando Oeiras era a sede de Capitania do antigo Piauí.

Com a criação do Instituto Histórico de Oeiras, em 1972, esta efeméride passou a ser comemorada com o devido destaque. Aliás, já presidi (2001/2004) este Sodalício que já prestou relevantes serviços à nossa cidade.

No Governo Mão Santa este evento tomou uma dimensão pomposa. De lá para cá, o Palácio de Karnak vem repetindo esta festividade cívica, inclusive com farta distribuição da “Medalha Renascença”, insígnia estadual.

O Governador Wilson Martins teve a ideia de mandar construir o “Monumento do 24 de Janeiro”, situado às margens da BR 230 (Transamazônica), no perímetro urbano, aos moldes do “Monumento do Jenipapo”, em Campo Maior.

Acontece que este obra, tida como inaugurada em março de 2014, vergonhosamente, nunca foi concluída. Novos governos se instalam, promessas são renovadas, e nada acontece!

Desde 2016, venho me abstendo comparecer às solenidades em comento. Trata-se de um isolado protesto contra o total abandono votado àquela edificação que se encontra em vexaminoso desleixo. A estátua do velho Visconde plasmada em gesso — pasmem — esboroa-se. Encontra-se totalmente exposta às intempéries.

Quem viver verá: nenhuma autoridade municipal tem o estofo moral de se insurgir, publicamente, contra esta iniquidade administrativa, a saber: a insidiosa inoperância quanto a conclusão daquele complexo cultural.

Nem contra a ultimação da reforma do nosso aeroporto que está há muito interditado e por aí vai…

Acomodada, o grunhido disperso da nossa representação política não passa de uma verdadeira FAKE!

Chega de falsidade!
Carlos Rubem

Na estante de livros da minha tia Amália Campos, havia uma pasta de fino couro contendo miudezas. Menino curioso, passei a ler um recorte de velho jornal que muito me impactou. A matéria tratava dos episódios que culminaram com a “Adesão do Piauí ao Grito do Ipiranga”. Foi então que, pela vez primeira, tomei conhecimento da figura de João José da Cunha Fidié, Comandante das Armas de antanho.

Em 1968, tomava aula particular na casa da professora Maria do Rosário Nunes Brandão, localizada no Beco do Quartel, hoje, Rua Coelho Rodrigo. Quando a preceptora discorria sobre o Piauí, tomei a palavra e focalizei, com desenvoltura, o que havia lido há pouco acerca daquele processo histórico. Terminada a aula, o Marcos Santana passou a me chamar de Fidié. Não dei a mínima!…

Mais uma vez haverá, aqui, as solenidades alusivas à “Festa do 24 de Janeiro”, data em que, em 1823, num bem urdido movimento patriótico liderado pelo Visconde da Parnaíba – Manoel de Sousa Martins – as autoridades portuguesas foram apeadas do poder, quando Oeiras era a sede de Capitania do antigo Piauí.

Com a criação do Instituto Histórico de Oeiras, em 1972, esta efeméride passou a ser comemorada com o devido destaque. Aliás, já presidi (2001/2004) este Sodalício que já prestou relevantes serviços à nossa cidade.

No Governo Mão Santa este evento tomou uma dimensão pomposa. De lá para cá, o Palácio de Karnak vem repetindo esta festividade cívica, inclusive com farta distribuição da “Medalha Renascença”, insígnia estadual.

O Governador Wilson Martins teve a ideia de mandar construir o “Monumento do 24 de Janeiro”, situado às margens da BR 230 (Transamazônica), no perímetro urbano, aos moldes do “Monumento do Jenipapo”, em Campo Maior.

Acontece que este obra, tida como inaugurada em março de 2014, vergonhosamente, nunca foi concluída. Novos governos se instalam, promessas são renovadas, e nada acontece!

Desde 2016, venho me abstendo comparecer às solenidades em comento. Trata-se de um isolado protesto contra o total abandono votado àquela edificação que se encontra em vexaminoso desleixo. A estátua do velho Visconde plasmada em gesso — pasmem — esboroa-se. Encontra-se totalmente exposta às intempéries.

Quem viver verá: nenhuma autoridade municipal tem o estofo moral de se insurgir, publicamente, contra esta iniquidade administrativa, a saber: a insidiosa inoperância quanto a conclusão daquele complexo cultural.

Nem contra a ultimação da reforma do nosso aeroporto que está há muito interditado e por aí vai…

Acomodada, o grunhido disperso da nossa representação política não passa de uma verdadeira FAKE!

 

 

 

 

 

 

 

Por Carlos Rubem

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