Momento da prisão

Cinco pessoas foram presas no início da manhã desta quarta-feira (18), em Teresina, acusadas de pertencer a uma quadrilha especializada em clonar cartões de crédito. Dentre os presos estão frentistas que trabalhavam em postos de combustíveis de Teresina. Também foi preso em Natal, no Rio Grande do Norte, o casal acusado de liderar o bando.

A Operação Skimming, como foi denominada, foi deflagrada pela Comissão Investigadora do Crime Organizado (Cico). Além dos 7 mandados de prisão temporária, a polícia cumpriu ainda 8 mandados de busca e apreensão. Fiscais da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz-PI) acompanham todo o trabalho. As cinco pessoas presas em Teresina já se encontram na Cico e estão sendo interrogadas.

A Cico contabiliza parte do material apreendido que já chegou à sede da Comissão. Foram apreendidos computadores, mídias removíveis, aparelhos de som, e documentação referente às supostas transações criminosas, dentre outros.

As investigações iniciaram há três meses, quando a polícia identificou frentistas envolvidos no esquema. Por operarem as máquinas de débito e crédito, eles obtinham rapidamente dados dos cartões de clientes, principalmente o número, vencimento e código de segurança.

De posse dos dados, parte da quadrilha em Teresina repassava ao grupo que operava em diversos estados do país, clonando as informações dos cartões de crédito.

De acordo com a polícia, essas pessoas que atuavam em Teresina eram remuneradas conforme a quantidade de dados de cartões obtidos e enviados ao líder do bando em Natal.

Também foram descobertos outros braços da quadrilha. Outro grupo do mesmo esquema vendia passagens aéreas, inclusive por meio de redes sociais, com descontos que variavam de 50 a 80% do valor da tarifa cheia. Várias passagens eram adquiridas por “camelôs” do Shopping da Cidade, de Teresina, que viajavam a São Paulo para adquirir produtos falsificados e/ou contrabandeados para serem vendidos no comércio informal de Teresina.

Somente no Piauí, foram identificados, em poder da quadrilha, dados pessoais de cerca de mil consumidores. A Cico estima que os golpes efetuados por toda a quadrilha cheguem a R$ 500 mil em Teresina.

A Operação Skimming recebeu esse nome em função do verbete da língua inglesa que significa “leitura rápida”, modo como a quadrilha obtinha os dados dos cartões magnéticos, principalmente o CVV, Código Verificador de Validade, desses cartões bancários.

Os delegados da Cico concederão entrevista coletiva às 11 horas de hoje, quando apresentarão os presos.

Portal O Dia