O filme piauiense “Ai que Vida!”, sucesso de crítica e de popularidade em todo o Brasil, ganhou uma versão pornográfica no Pará. O cineasta Cícero Filho, diretor do filme, descobriu a versão em uma busa na internet e compartilhou a capa do vídeo para maiores de idade, em sua rede social. Em seu texto Cícero comenta que ficou surpreso com a descoberta.

“Por essa eu não esperava. Literalmente ai que vida”, comentou Cícero em sua postagem.

O vídeo que leva o nome de “Ai que Vida 100% paraense”, traz na capa como atriz principal “Iracema A Vigem” [sic]. A mulher aparece nua com o corpo coberto apenas com folhas. O DVD surpreende por ser supostamente a 19ª edição da versão pornográfica do filme piauiense. O verso da capa traz a assinatura de “Juninho CDs”.

A postagem, feita nesta segunda-feira (13) já tem vários compartilhamentos e mais de 60 comentários a respeito do filme. Cícero Filho, comentou ao Cidadeverde.com que chegou a investigar a autoria do plágio, mas não conseguiu ir mais a fundo por falta de tempo.

“Encontrei por acaso na web e achei engraçado. Não pretendo tomar nenhuma medida, porque não sei quem fez. Não tem como saber a fonte de fato. Cheguei a investigar, mas sinceramente, minha vida é muito corrida, não tenho tempo pra isso”, acrescentou Cícero Filho.

Ai Que Vida!

O filme de Cícero Filha foi exibido em salas de cinema de todo o Brasil e ganhou repercussão nacional em programas como o Jô Soares e outros. “Ai Que Vida!”, conta a história da fictícia cidade de Poço Fundo, no interior do nordeste, que em meados de 1990 está vivendo um verdadeiro caos em sua administração pública. O prefeito Zé Leitão (vivido pelo ator Feliciano Popô) é um corrupto de mão cheia, capaz de tudo pelo dinheiro. O egoísmo é a principal característica do personagem.

Zé Leitão já governa Poço Fundo há quatro anos, mas nada fez pela cidade em seu mandato. A população não consegue enxergar as coisas ruins que o prefeito faz. São iludidos com as falsas palavras de Zé Leitão e pelos “programas sociais” que são realizados em seu mandato.

A micro-empresária Cleonice da Cruz Piedade (vivida pela atriz Antonia Catingueiro) se revolta com os absurdos administrativos dos governantes e decide “acordar” o povo sobre a real situação da cidade.

Ela luta pelos direitos do povo e consegue arrastar multidões para ouvir seus discursos, tornando-se assim querida por toda a população.

O filme também conta com um triângulo amoroso entre Jerold (vivido por Welligton Alencar), Valdir (vivido por Rômulo Augusto) e Charleni (vivida por Irisceli Queiroz).