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CONSEQUÊNCIAS DO TRÁFICO DE DROGAS NA SOCIEDADE

 

blog MP Oeste fotografia drogas nãoÉ visto na mídia de todo país várias notícias sobre a prisão de pessoas por tráfico de drogas. E ainda mais, é visto também outros crimes em função do tráfico como roubos, latrocínios, furtos e homicídios. Uma rede interligada de crimes que tem uma única causa, o tráfico de drogas.

Primeiramente vem o furto, que são praticados pelos usuários de drogas, principalmente pelos usuários de “crack”, que após liquidarem com seus salários e com seus bens, partem para o furto de coisas pequenas para darem em troca de drogas.

Após, vem o roubo que, na maioria das vezes, é feito pelas pessoas que começaram no furto e fizeram dívidas com os traficantes, sendo que necessitam cada vez mais de dinheiro ou bens para a compra da droga.

Após, vem o latrocínio e o homicídio, que é um acerto de contas entre quadrilhas e bandos especializadas no tráfico de drogas.

A categoria de mortes por causas violentas é a principal responsável pela mortalidade entre jovens. Dentre as causas, as mortes por homicídio ocupam posição de destaque – em especial, nos grandes centros urbanos brasileiros. Para a mídia e a opinião pública, homicídios associados ao uso e venda de drogas são a face mais atemorizante e visível da violência urbana.

O imaginário público é assolado por chacinas, execuções e confrontos entre quadrilhas de traficantes como ilustrações dramáticas que parecem crescentemente tomar conta do cotidiano dos grandes centros urbanos brasileiros.

Existem várias maneiras pelas quais os crimes podem estar associados à questão das drogas. A primeira delas está relacionada com os efeitos das substâncias tóxicas no comportamento das pessoas. Outra forma de associação decorre do fato de tais substâncias serem comercializadas ilegalmente, gerando então violência entre traficantes, corrupção de representantes do sistema da justiça criminal e ações criminosas de indivíduos em busca de recursos para a manutenção do vício.

O temor apresentado pela população no que diz respeito à violência associada ao tráfico de drogas não é de todo infundado. Quando tomamos dados relativos à totalidade dos municípios paranaenses, percebemos que a incidência de ocorrências relacionadas a drogas (uso e venda) mantém importante correlação com o número de crimes violentos, de maneira especialmente significativa nos crimes contra o patrimônio.

Em diversas ocasiões, policiais têm ressaltado a conexão existente entre o tráfico de drogas e o aumento no número de homicídios e demais crimes realizados nas maiores cidades do Paraná.
A partir dos dados concernentes ao ano de 2007 coletados pela Polícia, sabemos que a maioria dos homicídios tem lugar entre pessoas conhecidas, em ambientes domésticos e em locais próximos às suas residências.

Este é o caso de 66,5% das ocorrências em que se conseguiu averiguar as motivações. Dessas, 25,4% referiam-se a mortes de envolvidos com drogas. Vale lembrar, entretanto, que, em mais de 60% dos casos, não foi possível averiguar no próprio local as motivações envolvidas. Esse alto percentual resulta do fato de a Polícia Militar – fundamentalmente incumbida do policiamento ostensivo – não fazer investigação de casos de homicídio.

Daí a possibilidade de que o alto número de casos em que não foi possível identificar a motivação possa estar ligado a drogas, o que é posteriormente qualificado pela atividade investigatória.

Segundo a Delegacia de Homicídios de Curitiba, encarregada das investigações destes casos, 55% dos homicídios em 2008 no Paraná envolveram o uso ou a venda de drogas. A imprensa ressalta diariamente como a disputa por pontos de tráfico – em particular, de vendas de crack – tem resultado em grande número de mortes, especialmente entre jovens. Qualquer que seja a proporção dos homicídios relacionados às drogas, deverão ocorrer com maior intensidade nas regiões e vizinhanças assoladas pelo tráfico.

E na cidade de Umuarama não tem sido diferente. Conforme se vê nos noticiários pela TV e nos jornais da região, muitos crimes de homicídios têm acontecido em nossa cidade por causa das dívidas no tráfico de drogas, demonstrando que os traficantes são pessoas que não prezam pela vida e não tem respeito pela sociedade.

O que ainda assombra nossa sociedade é que muitas das pessoas, que são conhecidas como “mulas” do tráfico, não têm consciência das consequências de seus atos, pois pensam que traficar drogas é igual a vender bebidas ou cigarros, o que na verdade é bem diferente, tendo em vista a consequência do tráfico na sociedade, resultando em furtos, roubos e mortes.

Desta forma, é responsável também o usuário de drogas, que pensa somente estar satisfazendo as suas vontades, pouco importando se pessoas vão morrer mediante a sua compra ilegal.

Assim, nossa sociedade clama por uma atitude dos poderes públicos, não só falando do judiciário, que vem atuando com mãos de ferro para prevenir e reprimir o tráfico de drogas, mas também dos governantes, que deveriam ensinar e incentivar as pessoas a denunciarem o tráfico de drogas, dando estudo e qualidade de vida a todos.

Fonte: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz.

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