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Decisão do STF reacende ‘plano A’ de Lula no PT

(FILES) In this file photo taken on February 22, 2018 Former Brazilian president Luiz Inacio Lula da Silva gestures during the commemoration of the 38th anniversary of the Workers Party (PT) in Sao Paulo, Brazil. Brazil's top court decided Thursday to defer until April 4 a decision on whether ex-president Luiz Inacio Lula da Silva should face jail if he loses an appeal next week. The Federal Supreme Court, sitting in the capital Brasilia, decided to adjourn its session for two weeks, meaning the leftist former president cannot be jailed before then. / AFP PHOTO / Miguel SCHINCARIOL

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender até o dia 4 de abril a possível prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez com que a estratégia do “plano A” voltasse a ganhar força no PT. Com Lula fora da cadeia, ao menos por enquanto, os petistas voltaram a acreditar na capacidade de transferência de votos do ex-presidente ou, em uma hipótese mais remota, que o líder máximo do partido possa escapar da Lei da Ficha Limpa e disputar a eleição.

O Tribunal Regional Federal da 4ª. Região analisa hoje o recurso da defesa do ex-presidente contra a decisão da 8ª. Turma que confirmou a condenação do petista a 12 anos e 1 mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no final de janeiro. Se mantida a decisão, Lula poderá ser preso caso o STF rejeite o habeas corpus no dia 4 de abril.

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O ex-presidente Lula em comemoração do 38º aniversário do Partido dos Trabalhadores, em São Paulo. Foto: Miguel Schincariol/AFP

A possibilidade de Lula assistir o processo eleitoral de dentro de uma cela fez com que aumentassem as especulações sobre a escolha de um substituto para o ex-presidente. Os nomes mais cotados são o ex-ministro Jaques Wagner e o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad. Depois da decisão do STF cresceu a percepção dentro do PT de que Lula não será preso e, mesmo que seja impedido de se candidatar, será o principal cabo eleitoral da eleição presidencial.

A ideia da legenda é manter a pré-candidatura de Lula, registrar o nome do ex-presidente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no dia 15 de agosto, e só indicar outro nome caso o registro seja barrado com base na Lei da Ficha Limpa. “Vão ter que deixar a digital, não vai ser o PT quem vai tirar o Lula”, disse o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, vice-presidente do PT.

O objetivo é potencializar a capacidade de transferência de votos do ex-presidente. Embora a decisão do STF de suspender a possível prisão do petista tenha sido comemorada como uma “vitória momentânea”, o partido tem consciência de que dificilmente Lula escapará da Lei da Ficha Limpa.

Segundo um auxiliar próximo do ex-presidente, “quanto mais o PT mantiver a estratégia de dizer que Lula é candidato, mais força eleitoral ele vai ter”. Até a semana passada, petistas avaliavam que, preso e impossibilitado de fazer campanha, Lula adiantaria a escolha de um sucessor.

O petista recebeu a notícia sobre a suspensão da possível prisão durante caravana pela região Sul. Pessoas que acompanham o périplo do ex-presidente apontam ainda outro impacto político positivo da decisão do STF. Para eles, desde o julgamento do TRF-4, a pauta sobre a prisão de Lula se sobrepôs à da candidatura. Agora acontece uma nova inversão de agendas.

“A decisão do STF aumenta o nosso entusiasmo, faz crescer a confiança de que Lula será candidato”, disse o ex-ministro Miguel Rossetto, pré-candidato do PT ao governo do Rio Grande do Sul.

Fonte:Estadao

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