Usando expressões pouco usuais para um senador da República, como ‘vou botar pra quebrar’ o senador Elmano Ferrer anunciou hoje o seu rompimento com o governo, o federal e estadual. Na solenidade de posse do conselheiro Kleber Eulálio, no TCE, Elmano Ferrer se disse insatisfeito com a revogação da portaria que nomeava o engenheiro Ribamar Bastos para a superintendência regional do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), indicação sua.

“O Governo Federal tem uma dívida com um Piauí de mais de 20 anos, com essas duplicações, eu não aceito isso aí não, eu vou botar pra quebrar”, comentou revoltado.

O parlamentar alega ainda que a indicação foi feita de maneira responsável, e que está dentro dos critérios.

“A indicação foi feita, uma indicação responsável, técnica, dentro dos critérios. O Governo não quer seriedade, e bota um ministro que desobedece a outro. Se querem oposição eu vou pra oposição, aliás, já estou”, finalizou o senador.

Revogação da portaria

A portaria que nomeava o engenheiro Ribamar Bastos para comandar a superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Piauí foi revogada pelo Ministério dos Transportes. O documento foi publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira (15).

De acordo com o Diário, a revogação é devido ao não cumprimento de requisitos da Portaria nº 329, de 5 de dezembro de 2011, publicada no Diário Oficial da União de 6 de dezembro de 2011. A nomeação de Ribamar Bastos foi publicada no Diário Oficial da União na ultima sexta-feira (12).

Movimento contrário

Um movimento de funcionários do Dnit contra a nomeação do novo supererintendente do órgão, no Piauí. O nomeado, José de Ribamar, não é dos quadros de servidores do departamento.

A indicação de Ribamar era do senador Elmano Ferrer (PTB), apesar de a direção nacional do Dnit ser indicação do Partido da República (PR). Mas os funcionários efetivos questionaram porque com a nomeação de Ribamar foi relegada uma portaria ministerial que só permite a nomeação de servidores da casa.

Mesmo estando sujeito aos critérios político-eleitorais, o superintendente do Dnit teria que ser servidor de carreira, como ocorreu com Sebastião Ribeiro, que é engenheiro do órgão, mas cunhado do deputado federal Marcelo Castro, a quem coube a indicação no primeiro governo petista.

Fonte: portalaz