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“Desde o primeiro momento que entrei no hospital eu já estava decidido que não ia fazer uma gestão de Caça as bruxas “, diz José Amilton

José Amilton é Assistente Social com especialização em gestão de programas e projetos sociais, foi professor da rede privada de ensino em Oeiras, e recentemente assumiu a diretoria do Hospital Regional Deolindo Couto. Ele é o nosso entrevistado dessa semana.

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Quem  é o profissional  Amilton?

Sou oeirense, Assistente Social, especialista em gestão de programas e projetos sociais. Eu tenho a personalidade forte. Todos os lugares que eu estive eu sempre vestia a camisa do grupo ou instituição, uma das minhas marcas é essa, sempre vestir a camisa de qualquer grupo, instituição ou organização que eu faço parte.

 

Você recentemente assumiu o cargo de diretor do Hospital Deolindo Couto. Qual  foi a principal dificuldade que você encontrou quando assumiu?

 

No dia quem eu fui tomar posse no hospital, eu acho que fiz diferente do que a grande maioria das pessoas pensava, eu fui só, não permiti que fizesse arruaça, por que é um processo natural. Como é a minha primeira experiência de gestão  foi muito desafiador, mas fui de cabeça erguida, de pés no chão. Desde o primeiro momento que eu entrei no hospital  já estava  decidido que não ia fazer uma gestão de “Caça as bruxas”, não existiu perseguição de nenhuma forma. Existe sim eu ter uma equipe para gerir o hospital, mas é normal como a outra gestão tinha.

A gestão publica é muito desafiadora, são recursos escassos para demandas infinitas.  Eu recebi o hospital com muitos desafios, e alguns eu tenho a obrigação de pontuar. O hospital estava com dois meses sem atendimento ortopédico , no mês de julho o hospital teve 487 atendimento ortopédicos. Antes da minha gestão  existiam 8 atendimentos por mês.  Por que eu fiz essa força tarefa em relação a atendimento ortopédico no mês de julho?  Simplesmente, por que tínhamos uma demanda reprimida.   Mudamos também a fachada do Hospital, por que eu acredito que as instituições publicas elas carecem mostrar a seu publico que o serviço público é um serviço que pode ser zelado. O hospital não precisa estar caindo e estar feio.  Então, no período em que eu estiver no hospital eu vou me dedicar integralmente a ele, para fazer dele o melhor espaço possível e que seja bem tratado. Nós já avançamos muito  e conseguiremos ainda mais.

 

Nesses 2 meses quais as melhorias que você destaca?

Resgatamos o atendimento ortopédico que estava praticamente parado.  Temos ultrassom eletivo, já foram feitas 217. Nós duplicamos  o exames laboratoriais, e  reabrimos a Brinquedoteca, que estava o deposito.  Melhoramos todos os repousos de funcionários. Desde a mudança mais simples até as mais complicadas foram feitas.  A mais significativa, foi no Pronto Socorro. Hoje, quem frequentar o espaço vai perceber  que esta diferente, esta reformado, tem mais profissionais e a variação dos mesmos, não existe mais aquela repetição desenfreada.

Outras coisa importante é o atendimento oftalmológico, nunca antes realizado no hospital. As pessoas que quiserem toda sexta-feira o dia de marcação. Infelizmente não temos recursos e profissionais para todo mundo, por isso tem dia de marcação. Infelizmente nós não temos ainda atendimento para todo mundo.

 

Até o fim da sua gestão o que você almeja para o Deolindo  Couto?

Objetivo numero um é reabrir o centro cirúrgico, que está interditado a 4 meses. Inaugura a UTI, que é um sonho que o povo de Oeiras alimenta a 11 anos. Estamos pressionando semanalmente o secretário e a construtora.  Quantas pessoas não morreram em Oeiras por não ter essas estruturas no hospital. A UTI de Oeiras esteve pronta, e só não saiu na época, por que o projeto foi mal elaborado. O SUS só financia UTI com 10 leitos, a de Oeiras só tinha 7, ou seja, dinheiro público jogado fora.

Oeiras ta perdendo muito com a falta desse centro cirúrgico. Essas são alguns dos objetivos que tenho obrigação moral de cumprir, e eu  vou cumprir.

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