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Em entrevista ao Portal Integração Wemerson Fontes fala sobre o Centro de Parto Normal no HRDC em Oeiras

CPN

Foto/Reprodução: Thiago Reis

Em entrevista ao Portal Integração o enfermeiro e diretor do Centro de Parto Normal Wemerson Fontes fala sobre a proporção a respeito das novidades dentro do Hospital Regional Deolindo Couto.

O Centro de Parto Normal é uma proposta que já é realidade em vários lugares do Brasil que beneficia a todas as mulheres em relação ao processo de trabalho de parto e traz uma proposta de se trabalhar com o respeito e humanização desse processo e, de aproximar a vivência dessas mulheres do que se entende como sendo a prática baseada em evidências que é um processo de respeito ao trabalho de parto normal. Um processo de transformação da cultura do nascimento, através da prática baseada em evidências e desse processo de humanização da assistência ao trabalho de parto.

O Centro de Parto Normal do Hospital Regional Deolindo Couto começou a funcionar no dia 1° de agosto de 2019, com a equipe de Enfermagem Obstétrica.

“Hoje em dia nós contamos com enfermeiros obstétricos que estão durante todos os dias de plantão dentro do Centro de Parto Normal, esses profissionais que são pessoas que tem uma práxis muito próxima desse processo de humanização e de valorização da fisiologia do processo do trabalho de parto normal e que trabalham com essa pauta na humanização. Eles acolhem, avaliam, orientam e acompanham todo o processo de trabalho de parto das pacientes. Trabalhamos também com a equipe médica, temos sempre um médico obstetra de plantão que é quem dá o suporte da mais alta complexidade quando necessário”, relatou Wemerson Fontes.

O Centro de Parto Normal é um serviço que funciona de portas abertas em demanda espontânea, aberto 24 horas por dia, durante todos os dias da semana, todas as pacientes que estão gestantes e tem algum tipo de comprovação de gestação podem procurar o Pronto Atendimento Obstétrico que é a porta de entrada para o Centro de Parto Normal.

As pacientes que são admitidas no Centro de Parto Normal são pacientes de baixo risco que tem uma idade gestacional entre 37 e 41 semanas e seis dias e que estejam em fase ativa de trabalho de parto. Essas pacientes são avaliadas no Pronto Atendimento Obstétrico e posteriormente são encaminhadas para o Centro de Parto Normal.

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Foto/Reprodução: Thiago Reis

“Todas as mulheres gestantes têm direito ao serviço. O HRDC é o único hospital que conta com esse serviço na cidade de Oeiras e em toda macrorregião do Vale do Canindé, nesses mais de 14 municípios que realiza um processo de acompanhamento de trabalho de parto, seja parto vaginal, seja cesariano e a porta de entrada para esse serviço é o Pronto Atendimento Obstétrico”, disse o coordenador do Centro de Parto Normal.

Todas as pacientes que tiverem alguma queixa gestacional vão procurar o serviço, estando em trabalho de parto, tendo o perfil de baixo risco são encaminhadas diretamente ao Centro de Parto Normal.

Nesse primeiro mês de funcionamento foram realizados 40 partos vaginais pela equipe de enfermagem obstétrica dentro do Centro de Parto Normal.

É importante frisar que isso levou a um impacto muito positivo no tocante a redução da quantidade de cesarianas, pois, sabemos que as cesarianas são procedimentos de alto risco que servem realmente para salvar vidas quando se existe uma indicação correta, então a via de partos a ser escolhida sempre em primeira mão deve ser o trabalho de parto por via vaginal. Esse processo de implantação do Centro de Parto Normal vem a calhar nesse processo de desconstrução de transformação dessa cultura de que o processo de trabalho de parto normal é doloroso, desconfortável, invasivo e desrespeitoso para com a mulher, para com o seu corpo e para com o momento que ela está vivendo”, afirmou.

O Centro de Parto Normal já fez um impacto muito positivo com relação ao número de cesarianas e ao número de nascimentos dentro do HRDC.

Cabe ressaltar que a média de trabalho de parto no HRDC é de 100 mensais, agosto foi um mês em que houve uma redução significativa nessa quantidade de partos.

 “É importante lembrar que nós trabalhamos sempre pra oferecer de fato o melhor para a população oeirense, a enfermagem obstétrica tem o papel fundamental na transformação do processo de respeito ao nascimento”, finalizou Wemerson.

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Foto/Reprodução: Thiago Reis

 

 

 

 

 

Por Romário Britto

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