O empresário José Wilson Cosme de Carvalho, 54 anos, que atua no mercado piauiense no ramo de móveis, foi preso na noite desta segunda-feira, 02, o mesmo é suspeito de sonegar mais de R$ 22 milhões em impostos. José Wilson foi Preso quando saía de uma farmácia na avenida Barão de Gurgueia, na zona Sul de Teresina, por estar atrapalhando as investigações
O delegado Josimar Brito, da Delegacia Especializada de Crimes Contra a Ordem Tributária Economica e Contra as Relações de Consumo (Deccortec), explica que além do crime de sonegação fiscal pode responder ainda por falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
“As apurações foram dificultadas quando ele apresentou, por mais de uma vez, endereços incorretos ou inexistentes. Ele declarava, através de procuração e petição do advogado, endereços aos quais ele não residia, além da prática de intermediação, pois nunca compareceu a delegacia para acompanhar o processo, mesmo a gente tentando intimá-lo”, disse o delegado da Deccortec.
Josimar Brito disse ainda que o investigado já teve em média 138 lojas espalhadas pelo Piauí e a maioria delas foram fechadas, restando apenas cerca de 20.
“O que consta nos autos é que ele sofreu problemas financeiros e teve que fechar algumas lojas. Os estabelecimentos fechados deixaram dívidas tributárias então o fisco lesado. Ele é investigado em três inquéritos que visam apurar a responsabilidade dele, da sua sócia (sua ex-mulher) e de outras pessoas que eventualmente tenham participado da fraude”, acrescenta o delegado.
O titular da especializada explica como funcionava o esquema: uma das pessoas era encarregada de conseguir a documentação falsa e pessoas que seriam os laranjas para quem eram transferidos os bens e posteriormente enviavam para uma quarta pessoa. “Ele é o principal investigado, mas os autos evidenciam que tinha terceiros envolvidos na ocultação de bens e essas pessoas também já foram identificadas”, destaca Josimar Brito.
O empresário já foi condenado pela Lei Maria da Penha e é aguardado na Deccortec para prestar esclarecimentos. Ele está preso no GTAP (Grupo Tático Aéreo de Policiamento da PM).
Chegada à delegacia
O empresário chegou à Delegacia por volta das 10h50, acompanhado do advogado e não quis falar com a imprensa: “nada a declarar”, resumiu.
Fonte: cidade verde