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Ex-assessor diz que carregava dinheiro na Pajero de Ciro Nogueira

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O signatário do blog teve acesso a trechos do inquérito de número 4720 que tramita no Supremo Tribunal Federal contra o senador Ciro Nogueira e o deputado Dudu da Fonte. Nele consta a delação do ‘desconhecido’ José Expedito Rodrigues Almeida.

Expedito exerceu o cargo em comissão de Secretário Parlamentar (SP-14) no gabinete do então deputado federal Ciro Nogueira por muitos anos.

O blog começa a publicar, a partir desta terça-feira (19), trechos do primeiro depoimento de José Expedito Rodrigues Almeida à Polícia Federal, realizado no dia 27 de setembro de 2016:

(…) QUE para tanto EDUARDO DA FONTE disponibilizou para o declarante dois aparelhos celulares, um para São Paulo e outro para o Rio de Janeiro, através dos quais o declarante era acionado para as entregas de valores; QUE não se recorda dos terminais telefônicos; QUE através de voo comercial, todos pela companhia TAM, o declarante transportava valores entre R$ 50 mil e R$ 100 mil reais; QUE por duas vezes realizou transporte de valores por terra, no trecho São Paulo/Recife; QUE na primeira delas, alugou um veículo na Localiza para transportar R$ 200 mil reais de São Paulo a Recife, já no segundo mandato de EDUARDO DA FONTE, não sabendo precisar o ano; QUE estes R$ 200 mil reais o declarante pegou com a pessoa de DJALMA no hotel RENASSANCE, na Alameda Santos; QUE DJALMA é uma pessoa muito próxima a EDUARDO DA FONTE; QUE no segundo transporte que realizou por terra, utilizou veículo próprio para transportar R$ 400 mil reais em espécie de São Paulo a Recife, onde o entregou em mãos a EDUARDO DA FONTE na casa da mãe do mesmo, local onde ele residia; QUE o declarante pegou estes R$ 400 mil reais com DJALMA, no hotel MAKSOUD PLAZA, situado no Bairro Bela Vista, São Paulo/SP; QUE este transporte ocorreu também quando do segundo mandato de EDUARDO DA FONTE, posteriormente ao transporte de R$ 200 mil reais; QUE em todas estas duas ocasiões, o declarante sabe que DJALMA efetivamente se hospedou nos hotéis; QUE foi EDUARDO DA FONTE quem apresentou DJALMA ao declarante, por volta do mês de agosto de 2011; QUE DJALMA foi apresentado ao declarante em um almoço no restaurante RUBAYAT da Rua Haddock Lobo em São Paulo; QUE nesta ocasião, EDUARDO DA FONTE disse ao declarante que DJALMA iria lhe procurar a fim de que o declarante fosse buscar com ele (DJALMA) uma encomenda; QUE dali seguiram e deram uma carona a DJALMA, deixando o mesmo no aeroporto de Congonhas; QUE posteriormente, EDUARDO DA FONTE disse ao declarante que a encomenda, na verdade, se tratava de dinheiro; QUE assim, portanto, realizou os contatos com DJALMA, que resultaram no transporte de R$ 200 mil reais e R$ 400 mil reais acima narrados; QUE no transporte desses valores antes de deslocar-se até Recife, o declarante primeiramente guardou os valores em um apartamento localizado na Rua Bela Cintra; QUE o transporte dentro da cidade de São Paulo foi feito em uma Pajero blindada, de placas KKE 1144, que estava no nome de empresa ADPL MOTORS; QUE este veículo pertencia de fato a EDUARDO DA FONTE e a CIRO NOGUEIRA; QUE, inclusive, chegou a realizar a revisão deste veículo, pagando do próprio bolso, tendo até hoje a nota desse serviço em seu poder; QUE o apartamento da Bela Cintra estava alugado em nome de uma empresa que não se recorda; QUE o apartamento era utilizado tanto por CIRO NOGUEIRA quanto por EDUARDO DA FONTE; QUE EDUARDO DA FONTE costumava determinar ao declarante que tomasse cuidado quanto à possibilidade de ser assaltado com os valores; QUE EDUARDO DA FONTE dizia que tais recursos eram oriundos de “comissões”(…).

Em tempo: Ciro Nogueira quer ser governador do Piauí em 2022.

Fonte: GP1

 

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