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Falta de pré-natal gera morte de 52 bebês por mês no Piauí

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Segundo levantamento divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesapi), 627 bebês morreram no Piauí em 2018, uma média de 52 mortes por mês. Um terço deste número é de pacientes da Maternidade Evangelina Rosa, que registra um nascimento médio de 30 bebês por dia, razão pela qual fez a unidade passar por intervenção ética em novembro do ano passado.

Ainda de acordo com a Sesapi, a mortalidade infantil reduziu cerca de 15% nos últimos sete anos. A carência de um pré-natal de qualidade ainda é tida como principal fator de mortalidade. De acordo a Sesapi, 25% dos casos em que há morte da criança ou da mãe não há sequer registro de acompanhamento de pré-natal.

Das mortes de mulheres no Piauí, 44,8% tem idade entre 20 e 29 anos. Em entrevista sobre o tema na TV Cidade Verde, o secretário de Saúde, Florentino Neto, afirmou que muitas mulheres deveriam ter um acompanhamento especializado identificado apenas com um acompanhamento pré-parto.

“No pré-natal exige a transferência dessa mulher a outras unidades, caso haja complicações, para ter acesso a um pré-parto para ser acompanhado por um especialista da área”, disse.

De acordo com o secretário, atualmente a mortalidade materna chega a uma mulher para cada 72 que passaram por trabalho de parto com nascidos vivos. “Queremos reduzir mais de 4,3% ao ano, chegar em 2023 com 53.05 nascidos vivos”, afirmou.

A mortalidade infantil no Piauí é de 17,8 mortes para cada mil bebês nascidos vivos. A meta da Sesapi é chegar 2023 a 16,4 mortes. “Óbitos fetais, 11 para cada 100 nascidos vivos, queremos chegar a 9 em 2023”, apontou.

Investigação

Florentino explicou que todas as mortes estão sendo investigadas. “Toda morte de uma gestante ocorrida de um recém-nascido é investigada. Temos um comitê de investigação de mortalidade materno-infantil”.

Hospital de Picos

Na entrevista, o secretário reforçou a necessidade de desembargo das obras do Hospital de Picos. “Temos R$ 35 milhões à disposição, depositados, prontos para a construção desse hospital que é um direito a ter um hospital condizente com a região”. As obras estão paralisadas por um embargo judicial entre o Estado e a empresa que iniciou a construção.

Transplante

Segundo Florentino Neto, o Hospital Getúlio Vargas (HGV) está em parceria com o Albert Einsten sob acompanhamento do Ministério Público para dar início a transplantes de fígado no Piauí. De acordo com a Sesapi, foram realizados 140 transplantes de córnea no HGV e 18 transplantes de rins.

Fonte: Cidade Verde

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