Kátia Tapety, que nasceu José Nogueira Tapety Sobrinho, é a protagonista do documentário “Kátia”, que foi exibido no dia 19 de setembro na mostra competitiva do 45º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.
Integrante de uma tradicional família de políticos do Piauí, Kátia foi proibida de sair de casa durante a infância e parte da adolescência. Ela foi a única de nove filhos que não recebeu educação formal e apanhava até quando ia com a mãe para a igreja. Para a diretora Karla Holanda, esse período de reclusão foi fundamental na formação de Kátia.
Piauiense radicada no Rio de Janeiro, a diretora conheceu Kátia em 2008, por meio de notícias em jornais e na internet, e diz que logo se interessou pela personagem.
“No início, o que me chamou a atenção foi isso dela ser a primeira travesti eleita para um cargo político, mas isso logo ficou em segundo plano. E percebi que me chamava muito a atenção a forma como ela se fez respeitar (…) Ela tem uma riqueza muito grande e lida com o mundo de uma forma muito dela, muito prática, sem rodeios.”
A diretora afirma que, apesar do estigma de ser a primeira travesti com carreira política do país, Kátia nunca ficou reconhecida por defender apenas projetos voltados para o público LGBT.
Com informações do G1/Piauí Brasil