Quem viu a atuação de Thiago Silva na vitória por 3 a 0 do Paris Saint-Germain sobre o Monaco não notou qualquer abalo mental do jogador pela exclusão da lista de Dunga para os próximos amistosos da Seleção nos Estados Unidos. A decisão não se refletiu diretamente na atuação do capitão do PSG: o zagueiro foi o jogador que mais bolas recuperou no jogo: 18, contra seis de David Luiz e 11 de Maxwell e Aurier. E acabou como o segundo com mais passes concretizados, logo atrás de Thiago Motta (95%). Fez apenas uma falta e não viu qualquer cartão. No fim do confronto, passou pela zona mista com sorriso nos lábios e abordou o tema da ausência do seu nome na convocação de Dunga com muita naturalidade.
– Eu estou muito tranquilo, tranquilo com a minha consciência, a gente nunca pode julgar um treinador pelas suas escolhas, a gente nunca sabe o que está passando pela cabeça dele – afirmou o jogador, que prefere não pensar em castigo da parte do seu treinador pelo pênalti que provocou no jogo contra o Paraguai, na Copa América, que concedeu o empate no jogo em que o Brasil foi eliminado na disputa extra de penalidades.
O zagueiro propõe outra motivação.
– De repente, ele está testando um ou outro jogador novo por já saber da minha qualidade…Então, eu prefiro pensar no lado positivo, talvez seja isso – reflete.
O capitão do PSG assegura não ter recebido qualquer chamada da parte da CBF para explicar a ausência.
– Não, não teve ligação de ninguém, eu estou muito tranquilo, estou feliz, e isso é o mais importante. Se continuar fazendo o meu trabalho aqui no clube, nas próximas convocações vou ficar ansioso para saber se o nome vai estar – afirmou.
Na gestão de Dunga como treinador do Brasil, Thiago Silva perdeu a braçadeira de capitão para Neymar, mas no PSG é o brasileiro líder do grupo que este ano arrancou da melhor maneira no Campeonato Francês, com quatro vitórias em quatro partidas. A última foi um expressivo 3 a 0 sobre o Monaco, fora de casa, um adversário direto na luta pelo título. Os outros candidatos também estão atrasados na tabela: o Lyon está a cinco pontos dos parisienses, enquanto o Olympique de Marselha tem nove a menos. No entanto, o camisa 2 do Paris fala com cautela sobre a defesa fácil do título francês.
– É muito cedo para dizer que o PSG já ganhou. Está apenas começando. É claro que quando as coisas começam bem tudo é mais fácil. O começo é sempre complicado, porque você não tem muito ritmo de jogo e isso atrapalha muito. Mas este ano estamos bem.
Ao contrário do ano anterior, o time treinador por Laurent Blanc não teve dificuldade para se impor nos campos franceses. Para Thiago Silva, o grupo está mais forte do que nos outros anos.
– Conseguimos começar bem, diferentemente do que aconteceu no ano passado, mas nunca tivemos problemas de vestiário como falavam na mídia. Brigar por um objetivo comum é normal, mas brigas internas nunca teve. Os jogadores se respeitam muito, a concorrência existe, mas faz parte. Esse ano estamos mais forte, porque temos dois jogadores de muita qualidade para cada posição – concluiu o brasileiro.
Fonte: Ge
