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Funcionários dos Correios do Piauí e outros 11 estados decidem entrar em greve

 

coOs trabalhadores dos Correios do Piauí e outros 11 estados  decidiram acompanhar os servidores de Minas Gerais e do Pará e entrar em greve a partir desta quarta-feira (18). A decisão foi tomada em assembleias realizadas nesta terça.

Votaram pela greve hoje os trabalhadores de 12 Estados (Piauí, Amazonas, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins) e de outras cinco regiões do Estado de São Paulo.

Na próxima terça (25), quatro sindicatos estaduais (Alagoas, Bahia, Espirito Santo e Rio Grande do Norte) e o do Distrito Federal também realizarão assembleias. Caso também optem pela paralisação, mais de 120 mil funcionários podem aderir ao movimento em todo o país.

Cerca de 17 mil já pararam suas atividades em Minas Gerais e no Pará desde a segunda passada (10), segundo o sindicato da categoria, o Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios, Telégrafos e Similares).

Os Correios tentaram suspender a greve nos dois Estados na Justiça, mas o TST (Tribunal Superior do Trabalho) negou, na sexta (14), o pedido da estatal. Correios e sindicato terão audiência de conciliação e instrução hoje, às 10h30.

Reivindicações 

A categoria pede reajuste de 43,7% (soma das perdas salarias desde o Plano Real e da inflação do período mais aumento real) e aumento linear de R$ 200, ticket alimentação de R$ 35 por dia, a contratação imediata de 30 mil trabalhadores e o fim das terceirizações, além de garantias de melhores condições de trabalho.

As negociações começaram há mais de um mês, e, inicialmente, os Correios ofereceram 3% de reajuste. A proposta foi rejeitada por unanimidade nas assembleias realizadas pela categoria em todo o país, e, na semana passada, a empresa voltou a fazer nova proposta, desta vez de 5,2% de ajuste –equivalente à inflação dos últimos 12 meses.

Os Correios afirmam que o reajuste de 5,2% elevaria o salário-base inicial para R$ 991,77. “Se somado o adicional de atividade que os carteiros recebem, o vencimento subiria para R$ 1.289,30. Este cargo é de nível médio”, informaram, em nota.

A segunda proposta também rejeitada nas assembleias já realizadas.

Justiça

Os Correios ajuizaram na quinta (13) dissídio coletivo de greve no TST para tentar reeditar o fim da greve no ano passado. Em 2011, após 28 dias de paralisação, o TST decidiu pelo reajuste de cerca de 6% mais R$ 80 linear.

Na ação deste ano, a empresa disse que se esgotaram as possibilidades das partes chegarem a um consenso e pediu que fosse declarada a ilegalidade das greves em Minas Gerais e no Pará por não ter sido informada da paralisação com 72 horas de antecedência, conforme exige a Lei de Greve.

Para a companhia, o movimento grevista é abusivo porque os Correios prestam serviços essenciais à sociedade, e sua eventual interrupção, ainda que parcial, causa sérios problemas à população.

Os Correios pediram a suspensão da paralisação até o julgamento final do dissídio ou que o sindicato seja obrigado a manter pelo menos 80% do contingente em cada uma das unidades operacionais da empresa.

Portal O DIA

 

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