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Gravidez após os 40 anos tem crescimento de 27% no Brasil

As preocupações com a profissão, a espera pela estabilidade financeira e a busca por um relacionamento estável são algumas das razões que levam muitas mulheres a adiar a decisão de ter filhos, retardando a gravidez. Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de mulheres que engravidaram pela primeira vez após os 40 cresceu 27% em dez anos.
No entanto, apesar da demanda ter aumentado, ainda persistem muitas dúvidas sobre os riscos de se engravidar depois dos 40 anos. Isso, porque, as estatísticas mostram que o risco de uma mulher de 20 a 40 anos ter um filho com malformações é de uma para cada grupo de cinco mil gestações. A partir dos 40 anos, tal risco passa para um a cada grupo de 100 grávidas.
Especialistas acreditam que ao optar pela gravidez tardia, algumas grávidas, correm riscos que podem ser transferidos para os bebês. Segundo o obstetra, Alberto Monteiro Júnior, o principal motivo para isso é que o número e a qualidade de óvulos que a mulher produz começa a cair cerca de 20 anos antes da menopausa, ocorrendo mais chances de os óvulos produzidos terem defeitos nos cromossomos, o que aumenta o risco de aborto espontâneo ou malformações.
“Aos 20 anos, o risco de anomalias genéticas é de 0,5%. O índice dobra aos 35 anos, passa para 2% aos 37 anos, chega a 5% aos 40 anos e alcança 10% aos 44 anos”, explicou o especialista.
Segundo o obstetra Alberto Júnior, para a mulher a idade avançada na gestação pode estar associada ao aumento na incidência de casos de diabete gestacional, hipertensão especifica, abortamentos e prematuridade. Já para o bebê, os riscos estão ligados diretamente com alterações cromossômicas numéricas ou estruturais, como a síndrome de Down.
Alberto explica que o preparo antes da gestação também é fundamental para uma gestação sem complicações. Isso porque o risco de abortamento salta de 10%, em mulheres de 20 anos, para 40%, aos 40 anos. “A mulher precisa estar com o metabolismo adequado, dentro do peso recomendado e em boas condições física para uma gravidez tardia saudável”, disse o obstetra. Para isto torna-se necessário um acompanhamento multiprofissional incluindo endocrinologista, nutricionista, fisioterapeuta e psicólogos, entre outros.
Apesar dos riscos, a gravidez tardia tem suas vantagens para as novas. “Ela costuma ser algo planejado por essas mulheres, que esperam ansiosamente da chegada do filho. A mulher se considera mais preparada para receber uma criança e para cuidar dele. Esse aspecto emocional é muito importante para o desenvolvimento no bebê”, finalizou Alberto Monteiro.
Fonte: Cidade Verde
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