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Guerra na Ucrânia: Lula defende “urgência” em negociação de paz

No dia em que a guerra na Ucrânia completa um ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender a atuação de um grupo de países não envolvidos no conflito para encaminhar uma negociação que restabeleça a paz na região. Em postagem nas redes sociais nesta sexta-feira (24/2), Lula escreveu que essa ação se mostra “urgente”.

Lula vem expressado interesse em mediar e estudar propostas de paz entre Rússia e Ucrânia. No início de fevereiro, em visita aos Estados Unidos, o presidente brasileiro apresentou ao presidente americano, Joe Biden, a proposta de criar um grupo de países para negociar a paz entre Moscou e Kiev.

O Brasil adota uma postura de neutralidade no conflito no Leste Europeu. Parceiro da Rússia em fóruns como o Brics, grupo composto por Rússia, Índia, China e África do Sul, o país é visto com bons olhos pelo Kremlin por não fornecer armas a Kiev, como têm feito países do Ocidente.

Na quinta-feira (23/2), o vice-ministro das Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Galuzin, afirmou que o país analisa a proposta de paz do presidente Lula no conflito da Ucrânia.

“Tomamos nota das declarações do presidente do Brasil sobre o tema de uma possível mediação, a fim de encontrar caminhos políticos para evitar a escalada na Ucrânia”, afirmou o diplomata em entrevista à agência estatal russa Tass.

“Gostaria de enfatizar que a Rússia valoriza a posição de equilíbrio do Brasil na atual situação internacional, sua rejeição a medidas coercitivas unilaterais tomadas pelos EUA e seus satélites contra nosso país e a recusa de nossos parceiros brasileiros em fornecer armas, equipamentos militares e munição para o regime de Kiev”, prosseguiu o diplomata.

Apesar de elogiar a tentativa de Lula de mediar uma negociação entre os dois países, o diplomata russo afirmou que uma das condições para que isso aconteça seria a rendição da Ucrânia.

“Se o Ocidente e Kiev quiserem se sentar à mesa de negociações, devem primeiro parar de bombardear as cidades russas e depor as armas. Depois disso, será possível conduzir uma discussão com base em novas realidades geopolíticas”, disse.

Fonte: Metrópoles

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