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Homem negro é agredido e morto dentro de supermercado no Maranhão

Um homem negro, identificado como Darlon Oliveira dos Santos, de 27 anos, foi agredido até a morte por funcionários de um supermercado no bairro da Cohab, em São Luís, no Maranhão.

O caso aconteceu em junho de 2019, mas as imagens só foram divulgadas e chegaram a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MA) nesta quarta-feira (22). O inquérito está parado há três anos e ninguém foi indicado pelo crime.

Nas imagens, às 23h58, Darlon aparece sem camisa na companhia de um segurança e outro homem. Ele leva vários tapas e socos do segurança, até que cai no chão.

Outros funcionários chegam para imobilizar o rapaz. O segurança retira algumas cordas do uniforme, aparentemente para amarrar o jovem, que resiste. Darlon é arrastado pelos funcionários e pelo segurança da loja.

Em outras imagens, um dos funcionários aparece como se estivesse de joelho, sobre Darlon e os outros funcionários, seguem tentando amarrar o jovem. Vários funcionários do supermercado aparecem na cena, em cima da vítima, que já parecia estar imobilizada.

Em outra cena, o segurança guarda no uniforme o que parece ser uma arma. Toda a ação é filmada por funcionários do supermercado.

Em um determinado momento, as câmeras registram quando um rapaz dá sacolas de plástico para outro funcionário do supermercado. Darlon volta a se debater no chão, os funcionários se amontoam sobre ele e logo em seguida, ele aparece já sem movimentos.

Ao todo, foram dez minutos de agressões. Quatro minutos após ele perder os movimentos, algumas pessoas aparecem para checar se a vítima ainda havia pulso e depois, tiram fotos.

De acordo com o inquérito do caso, investigado pela Polícia Civil do Maranhão (PC-MA), Darlon morreu no chão do supermercado e ficou no chão por dez minutos.

A Polícia Militar do Maranhão (PM-MA) foi acionada no dia do fato e chegou ao local 0h20. Um dos policiais relatou em depoimento que chegou ao supermercado e já encontrou a vítima sem vida e com os pés amarrados.

Meia hora depois, os socorristas do Serviço Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram acionados e chegaram ao local, mas não podiam mais fazer nada, já que Darlon estava morto. Os funcionários negaram à polícia que houve agressão.

Segundo a família de Darlon, ele tomava medicamentos controlados, naquele dia teria esquecido de tomar os remédios e teve um surto dentro do supermercado. A vítima acreditou que estava sendo perseguida e ficou agitado, o que teria chamado a atenção dos seguranças.

 

 

Fonte: Meio Norte

 

 

 

 

 

 

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