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Huawei mira mercado brasileiro com competidor do Zenfone 3; nós testamos

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LAS VEGAS* – No ano de 2015, a Xiaomi chegou ao Brasil causando. Preparou um grande evento com longas filas para anunciar que a então terceira maior fabricante de celulares do mundo iria oferecer seus produtos no país. Pouco mais de um ano depois, o resultado não foi bem o esperado, e a empresa basicamente foi embora sem deixar rastros, encerrando com fracasso a primeira grande investida de uma empresa chinesa no mercado de smartphones brasileiro.

Mas não é por isso que a China vai desistir do Brasil, e a prova é que a atual terceira maior fabricante de celulares do mundo, a Huawei, também prepara mais uma aposta no mercado nacional, como deixou evidente em um evento voltado para jornalistas de toda a América Latina durante a CES 2017, em Las Vegas.

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A empresa detalhou seus planos para o lançamento de quatro aparelhos na região latino-americana. Embora não dê datas e os preços ainda sejam apenas estimativas, já é possível ter uma ideia do que a companhia planeja para os próximos meses. O Olhar Digital também teve a oportunidade de testar os modelos apresentados. Veja nossas impressões abaixo:

Huawei Mate 9

Reprodução

O grande destaque da empresa já foi chamado de “melhor Android de tela grande” e, embora eu não concorde totalmente com a afirmação, não consigo negar que o celular tem seus méritos para ser classificado como tal.

Com 5,9 polegadas, o Mate 9 tinha tudo para ser um trambolhão gigante, mas, graças a um trabalho de design mais inteligente, suas bordas são razoavelmente pequenas, fazendo com que suas dimensões não sejam maiores do que a de um iPhone 7 Plus, com seu painel de 5,5 polegadas. O celular também é incrivelmente leve, mesmo com o tamanho gigante da tela.

É questionável, no entanto, a opção da resolução de 1.920 x 1.080 para preencher essa telona. Por um lado, o aspecto visual acaba prejudicado, especialmente ao comparar com a concorrência, já que a maioria dos tops de linha já saltou para o 2K (2.560 x 1.440). Do outro lado, menos pixels na tela também significa que ela consome menos energia, contribuindo para uma boa duração de bateria.

Reprodução

A bateria é um destaque à parte, com 4.000 mAh, que não tem comparação em sua faixa de preço. Existem baterias com maior capacidade, mas geralmente estão em aparelhos mais modestos, como o caso do Zenfone 3 Max ou o Galaxy A9. A Huawei promete que o chipset Kirin 960, além de proporcionar alto desempenho para jogos e atividades pesadas, também economiza energia em comparação com seus antecessores. Não pudemos testar isso a fundo com o pouco tempo que passamos com o celular na mão, mas se as promessas estiverem corretas, com bateria de alta capacidade e componentes econômicos, é possível que o aparelho seja um grande destaque em termos de economia de energia.

O que não pode ser ignorado é o fato de que a Huawei é mais uma empresa asiática tentando modificar demais o Android para dar a ele uma cara totalmente diferente da pura. Samsung, Asus, Xiaomi são culpadas pelo mesmo crime, mas a EMUI da Huawei ainda parece um pouco mais elegante do que a ZenUI do Zenfone, ao menos. Não que isso signifique muita coisa, porém. Também não dá para fingir que o software não foi profundamente inspirado no iOS em basicamente todos os aspectos estéticos e de usabilidade. Um exemplo: não há o app drawer, a famosa “gaveta de apps” do Android, o que faz com que tudo que é instalado fique obrigatoriamente registrado na tela principal do celular. Felizmente, isso pode ser resolvido com um launcher (recomendamos o Nova Launcher).

Reprodução

Por fim, um destaque positivo: a câmera. Os nossos contatos com o aparelho foram muito promissores. A Huawei é mais uma a apostar em um setup de duas lentes, feito em parceria com a renomada fabricante Leica, que trouxe ótimos resultados nos nossos breves testes fotográficos. A empresa promete que o sistema de estabilização óptica será capaz de eliminar problemas de tremores na hora do clique, o que é sempre bem-vindo. A lente dupla melhora o zoom, reduzindo as perdas de qualidade natural com o zoom digital, e também proporciona um efeito bokeh, que desfoca o plano de fundo para destacar o objeto da foto.

Lado negativo: de acordo com José Patrício Moreira, diretor da Huawei no Brasil, o produto tem preço projetado de R$ 4.300, o que o colocará em um patamar mais caro do que um iPhone 7 Plus de 32 GB.

Huawei Nova

Reprodução

É o aparelho que tem uma probabilidade maior de vingar no Brasil por questões monetárias. Trata-se de um celular intermediário que mira atacar o mercado do Zenfone 3, com preço projetado de R$ 1.500, e, pelas configurações, é bem possível termos uma competição interessante.

O aparelho chega com um chipset Snapdragon 625, que se tornou um padrão nesta categoria “intermediário premium” ocupada por celulares como o Zenfone 3 e o Moto Z Play, com 3 GB de memória RAM e uma bateria de aproximadamente 3.000 mAh. São configurações compatíveis com o preço e com o que a concorrência oferece.

Ao observá-lo de perto, é impossível não fazer a comparação com o Nexus 6P, que a mesma Huawei não conseguiu trazer ao Brasil no ano passado, infelizmente. Apesar do tamanho diferente, a estética é exatamente a mesma, com a mesma barra preta na parte superior traseira abrigando a câmera.

Reprodução

É obviamente um celular mais simples, com tela de 5 polegadas Full HD e câmera de apenas uma lente, mas ele também tem destaques dentro de sua categoria, como o fato de ter uma câmera para selfies de 8 megapixels, ser capaz de fazer vídeos em 4K e fazer fotos em condições ruins de iluminação.

O acabamento metálico o destaca da competição, que tem apostado no vidro (basta lembrar do Zenfone 3 e do Moto Z Play). Algo que ressaltamos sempre que temos a oportunidade no Olhar Digital é o fato de que o vidro é bonito só até 10 minutos de uso; depois disso, ele fica cheio de marcas de dedos, tende a ficar engordurado e até mesmo mais escorregadio, o que prejudica a usabilidade. O alumínio do Nova é diferenciado, e dá uma cara mais premium para o celular.

Novamente, é necessário ressaltar o fato de que o celular tem software profundamente inspirado no iPhone, justamente como o Mate 9. Não há app drawer, e todo o design parece ter sido pensado para replicar a experiência do iOS. Mais uma vez, isso pode ser mudado com um launcher.

Huawei Mate 9 Lite

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Uma versão um pouco mais modesta do Mate 9, o aparelho ainda não tem uma faixa de valor definida no Brasil, então fica difícil saber onde ele se encaixaria em termos de competição. Nos nossos testes breves, não foi possível determinar nenhuma grande diferença de usabilidade em comparação com o Mate 9, o que é provavelmente um mérito. Precisaríamos de mais algum tempo para notar reais diferenças.

Mas o fato de não termos reparado em grandes diferenças de usabilidade não significa que elas não existam, só que não são tão óbvias em um teste rápido. As especificações foram, sim, reduzidas, a fim de atingir um preço menor.

Entre as diferenças estão a estética, já que o celular conta com bordas laterais que não existem na versão mais potente do Mate 9, mas não para por aí. O celular conta com apenas 3 GB de memória RAM, um chipset Kirin 655 e uma bateria mais modesta: apenas 3.340 mAh. Ou seja: a versão mais barata perde desempenho, bateria e memória, mas mantém o setup de duas lentes que tornam o aparelho tão diferente da concorrência.

Reprodução

*O jornalista viajou a Las Vegas a convite da Huawei

Fonte: Olhar Digital

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