Desde o dia 15 de abril, os docentes e servidores do Instituto Federal do Piauí (IFPI) Campus Oeiras, juntamente com outras instituições de ensino superior e técnico do Brasil, estão em greve. A paralisação foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) e pelo Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe).
Aderência à Greve
Conforme dados do Andes, 51 universidades federais, de um total de 63, aderiram à greve até o dia 11 de maio, com a possibilidade de novas adesões. Além disso, o Sinasefe informa que a greve já atinge 550 campi de 39 institutos federais, duas unidades do Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet) e o Colégio Pedro II.
Ações Desenvolvidas Durante a Greve
Durante este primeiro mês de greve, várias ações foram realizadas para manter a mobilização e informar a comunidade sobre as pautas defendidas. Dentre as atividades no Campus Oeiras, destacam-se:
- Reuniões Semanais: Planejamento das atividades da categoria docente no
- Cinema e Produção de Cartazes: Atividades culturais e de conscientização envolvendo discentes, docentes e técnicos administrativos em educação (TAES).
- Participação em Programas de Rádio: Divulgação das pautas da greve em rádios locais de Oeiras.
- Manifestação na Praça: Professores, técnicos e alunos realizaram uma manifestação pública na praça central.
- Assembleias e Reuniões: Participação ativa nas assembleias do SINDIFPI e nas reuniões com a Reitoria.
- Encaminhamento de Pautas: Envio das reivindicações locais de Oeiras ao SINDIFPI para diálogo com a Reitoria.
- Campeonato de Esporte na Greve: Organização de campeonatos de futsal e vôlei para manter a comunidade unida e engajada.
Reivindicações
Os docentes decidiram manter a defesa dos seguintes índices de reajuste salarial na última reunião:
- 7,06% em 2024;
- 9% em janeiro de 2025;
- 5,16% em maio de 2026.
Além disso, reivindicam a recomposição dos orçamentos dos Institutos Federais, garantindo investimentos em infraestrutura, permanência estudantil, bolsas de ensino, pesquisa e extensão, e outras condições indispensáveis à qualidade do trabalho e do estudo.
Motivações e Indignações
A principal indignação dos grevistas está na demora do governo em responder às propostas apresentadas pelas entidades representativas. Há um consenso entre os grevistas de que o governo federal, que foi eleito com uma forte bandeira voltada à Educação, tem negligenciado o funcionalismo público das instituições de ensino superior e técnico.
Pedimos a compreensão e o apoio de toda comunidade de Oeiras, dos pais e responsáveis neste momento de luta por melhores condições de trabalho e estudo, essenciais para a qualidade da educação dos nossos filhos e alunos.
Atenciosamente,
Comitê de Greve do IFPI Campus Oeiras