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“Lagoa Azul” atrai turistas e intriga autoridades em São Raimundo Nonato

Em meio a um paredão de pedras e mato seco, uma lagoa de coloração azul surgiu no município de São Raimundo Nonato, na região sul do Piauí, e vem atraindo visitantes desde o mês de março. Porém, há suspeita de que a água esteja contaminada com metais pesados devido a extração de pedras na região.

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“Lagoa Azul” se formou dentro de uma escavação de uma pedreira – Foto: Joaquim Neto

A cidade é conhecida por abrigar o Parque Nacional Serra da Capivara, onde reúne 172 sítios arqueológicos brasileiros, entre eles pinturas rupestres e o crânio de Zuzu, considerado o mais antigo do Brasil, com 12 mil anos.

A “Lagoa Azul”, como vem sendo chamada pela população, fica em uma área particular próximo a comunidade Cumpinda, a 6 km do centro da cidade. Segundo a prefeitura, a lagoa se formou dentro de uma escavação de uma pedreira, que retirou material para produção de britas, e abandonou o local após encerrar a extração das pedras.

Com as chuvas, o buraco acabou acumulando água de coloração azulada e a beleza da paisagem vem atraindo turistas. Devido ao calor, o local também vem sendo usado para banho.

“Com a propagação de imagens da lagoa nas redes sociais, a população começou a visitar o local com frequência, tornando-se uma atração turística. Algumas pessoas chegaram a tomar banho no local. Foi quando surgiram dúvidas de que a água poderia estar contaminada de metais pesados, colocando em risco a vida de banhistas”, afirma a prefeitura.

Na semana passada, a Secretaria Municipal de Saúde solicitou ajuda ao MPE (Ministério Público Estadual) para que o líquido passe por novas análises químicas para descobrir se há presença de metais pesados e se a água é própria para banho.

A secretaria colheu amostras da água, enviou para o Lacen (Laboratório Central do Piauí), mas o laudo entregue à prefeitura, na semana passada, não apresentou conclusões sobre a presença de metais pesados. Agora, a prefeitura solicitou ajuda ao MPE para que uma nova análise seja feita em outro laboratório de responsabilidade do governo do Estado. No ofício, a secretaria de saúde destaca os riscos à população e aos turistas e pede que a Semar (Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Piauí) recolha amostras e envie para outro laboratório analisar.

“O laudo do Lacen apontou algumas contaminações, mas nada de muito ofensivo ou grave. Ele mostrou alterações de cor e odor e principalmente a presença de coliformes fecais, algo de certa forma até comum em muitas águas da região. No entanto, o exame do Lacen não mostra se tem metais pesados”, disse o secretário de saúde, Robson Aguiar Barreto.

A prefeitura informou que está orientando a população e os turistas a evitarem ir ao local. Na área está aberta, não há placas indicativas sobre o riscos de contaminação e também não há fiscalização para impedir que pessoas entrem na lagoa.

 

Fonte: Uol

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