Durante entrevista coletiva realizada na manhã dessa terça-feira, 26, no Cine Teatro Oeiras, foi lançado oficialmente o projeto Palco Giratório Realização do SESC, apoio da Prefeitura de Oeiras através da Secretaria de Cultura e Turismo.
Completando 18 anos de estrada em 2015 e concebido como uma ação estratégica de difusão e intercâmbio de artes cênicas para um país extenso e diversificado como o Brasil, o Palco Giratório é movido por muito esforço e entusiasmo, mas também por reflexões e questionamentos.
Sustentado por uma rede de 33 curadores, composta por profissionais residentes em todos os estados brasileiros, o Palco Giratório reúne anualmente uma “amostragem” importante da produção cênica brasileira. Cada curador apresenta um número determinado de produções do seu estado e o coletivo analisa o conjunto das indicações. Além disso, ao longo do ano, os curadores dividem-se em grupos para acompanhar os principais festivais de artes cênicas do Brasil.
O material de trabalho é, portanto, um mosaico rico e desafiador, como a contemporaneidade. Nesse mosaico, cada componente nem sempre corresponde ao imaginário acerca de um estado ou de uma linguagem cênica determinada. E, desse modo, conceitos, opiniões e referências vão sendo diluídos e reconfigurados.
Por fim, a 18ª edição do Palco Giratório desperta a atenção para um assunto de grande relevância: a acessibilidade nas artes. Dois dos grupos participantes, o Grupo Ninho de Teatro, do Ceará, e o Gira Dança, do Rio Grande do Norte, são inspirações para um trabalho inclusivo em artes, já que integram artistas profissionais com deficiência e total maestria em sua carreira. Para nós é uma alegria permitir que esses coletivos, além de apresentarem suas belas obras ao público brasileiro, estimulem o debate e a efetiva participação dessas pessoas.
O projeto agora está em Oeiras para estimular ainda mais a cultura do teatro na região.
Da redação – Welliton Mariano
Fotos: Marcio Daniel