Dezenas de manifestantes dos Movimentos Atingidos por Barragens de diversos municípios do Piauí estão dentro da sede da Eletrobras, na avenida Maranhão em Teresina, protestando contra o valor cobrado pela energia elétrica e estão solicitando uma reunião com os diretores da empresa.
Uma das líderes do movimento, Dalila Calixto, tem pelo menos 100 pessoas dos municípios de Timon, Parnarama, Palmeirais e Amarante e o objetivo do movimento é fazer uma crítica ao sistema enérgico brasileiro e especificamente no Piauí reivindicam maior acesso à energia elétrica e a diminuição das tarifas.
“Nós somos contra a construção de barragens, no modelo atual de implantação, porque no Brasil mais de um milhão de pessoas foram deslocadas de suas terras para a construção dessas obras e não há uma política pública que as atenda. No Piauí, ainda há muitas comunidades sem energia, onde o Luz para Todos não chegou. Temos uma tarifa cara e um dos piores serviços do Brasil, por isso também queremos melhorias”, disse a líder que também querem representante da Chesf.
Por conta das manifestantes, os portões foram fechados. Os consumidores que estavam no Posto de Atendimento não conseguem sair e os que estão do lado de fora não conseguem entrar.
A aposentada Teresinha Ribeiro, do bairro Lourival Parente, zona Sul, está revoltada porque não consegue entrar para resolver seus problemas. “A gente vem de longe e dão com o portão na nossa cara, de toda forma a gente é prejudicada. É revoltante”, reclama à aposentada.
Um panfleto distribuído pelos manifestantes destaca que amanhã, dia 14 de março, é o Dia Internacional de Luta contra as Barragens. E afirma que o ano começou com grande aumento nas contas de luz e que chegaram até 70% através dos sistemas de bandeira, a revisão e o reajuste tarifários. Eles reivindicam a criação de uma política nacional de direitos das populações atingidas por barragens, cancelamento de todos os reajustes entre outras coisas.
Uma manifestante, que não quis se identificar, disse que o movimento é uma ação nacional contra a privatização e a manutenção da Eletrobras como estatal e também pela energia mais barata, porque o Brasil tem a maioria de sua matriz energética de hidrelétricas, fonte barata, mas mesmo assim as contas estão subindo.
Durante a tarde, o MAB vai se juntar às 15 horas ao movimento sindical e fará um ato na avenida Frei Serafim em defesa da Petrobras.
Eletrobras
A assessoria de imprensa da Eletrobras informou que os manifestantes criaram uma comissão com quatro membros que será recebida pelo presidente Marcelino Machado. Ele está sendo aguardado no local, pois estava cumprindo outros compromissos.
Cidade Verde
