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Meta lança rede social ‘Threads’ para competir com o Twitter; veja como funciona

O Threads é um concorrente direto do Twitter em microblogs. A ferramenta é um sonho antigo do então Facebook, hoje Meta, de ter uma plataforma a altura do Twitter que possa engajar e estimular conversas sociais entre os usuários na web.

Para isso, a Meta arquitetou uma plataforma que usa a parruda força de base de usuários de seus aplicativos de redes sociais, principalmente o Instagram, para alcançar o público rapidamente.

O nome Threads vem de uma funcionalidade muito usada no Twitter, cujo na rede do pássaro-azul tem a função de sequências de vários tuítes, que também chama-se threads.

A plataforma é lançada em um momento que mudanças radicais de estrutura, uso e filosofia do Twitter vem acontecendo, desde que Elon Musk pagou US$ 44 bilhões para comprar a empresa.

Diante disso, a Meta tirou da gaveta o projeto P92, ou Projeto Barcelona, dita pelo porta-voz da Meta à época que a empresa estaria “explorando uma rede social descentralizada autônoma para compartilhar atualizações de texto”.

A plataforma foi desenvolvida por meio do protocolo de rede social descentralizado ActivityPub, que é a mesma utilizada pela rede social similar em código aberto Mastodon. No entanto, a P92 estaria integrada ao ecossistema da Meta, principalmente ao Instagram.

Como é a ‘cara’ do Threads?

A interface do perfil mostra muito como a plataforma é semelhante ou igual ao Twitter, assim como foi especulado no projeto P92. As publicações, chamadas de threads, podem ser em texto, vídeos e fotos.

Em cada publicação ou resposta está disponível quatro botões, curtir (coração), comentar ou responder (balão), repostar (duas setas) e compartilhar (avião).

A estrutura do perfil também mostra duas colunas: a threads, com todas as publicações no feed; e as respostas, igual à estrutura do Twitter.

O Threads pode funcionar com ranqueamento de algoritmo nas respostas de um post, pois as publicações mostradas na captura de tela não aparecem em ordem cronológica, mas sim, por publicações mais engajadas.

O aplicativo para as versões iOS e Android já estão disponíveis para download, além da versão no navegador, acessando threads.net.

Base de usuários poderosa da Meta

Segundo o site de dados Statista, o Instagram teria 2 bilhões de usuários, assim como também tem mais 2 bilhões de usuários do serviço de mensagens WhatsApp, além dos quase 3 bilhões de usuários no Facebook, para expor e ofertar o Threads aos interessados.

Para fins de comparação, os seus concorrentes similares, Twitter tem uma base de 556 milhões de usuários; e o Sina Weibo, o “Twitter chinês’, tem 584 milhões de contas ativas.

Sonho muito antigo de ‘@zuck’

Segundo uma ‘biografia’ do Twitter, chamada “Hatching Twitter: A True Story of Money, Power, Friendship and Betrayal”, lançado em 2008 pelo jornalista Nick Bilton, Mark Zuckerberg, criador da rede social Facebook, o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, e o ex-presidente da Microsoft, Steve Ballmer, tentaram comprar o Twitter por US$ 500 milhões.

Zuckerberg teria se aproximado de Jack Dorsey e Evan Williams para comprar a plataforma do pássaro-azul. Dorsey e Williams compartilhavam o cargo de presidente-executivo do Twitter, no entanto, Dorsey saiu do cargo e ligou para o criador do Facebook.

Zuckerberg teria convidado Dorsey para entrar na empresa, mesmo sem um cargo definido, mas esse fator fez Dorsey declinar o convite.

Outro relato do livro mostra que em uma noite de vinho e tequila em um hotel em São Francisco, Al Gore se aproximou de Evan Willians e Biz Stone, criadores do Twitter, para tentar fazer a aquisição da plataforma.

Além disso, outro trecho do livro, em um jantar com o fundador da Microsoft Bill Gates, e o presidente na época, Steve Ballmer, há relatos de uma conversa com Williams sobre a aquisição do Twitter.

Até o começo da manhã desta 5ª feira (06.jul), foram registrados mais de 5 milhões de downloads da nova plataforma de microblog para smartphones.

 

Fonte: SBT News

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