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Mortos em tsunami na Indonésia superam 220

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O número de mortos pelo tsunami que atingiu a Indonésia na noite de sábado (22) com ondas de até três metros superou 220, informou o governo indonésio neste domingo. Segundo o Itamaraty, não havia até então registro de brasileiros entre as vítimas.

A elevação violenta da maré entre Java e Sumatra, que pode ter sido provocada por um vulcão conhecido como “filho” do lendário Krakatoa, cuja erupção em 1883 matou mais de 36 mil pessoas, deixou ao menos 843 feridos e dezenas de desaparecidos na região do estreito de Sunda.
O número deve subir. Em 2004, um dia após o Natal, um tsunami que atingiu 14 países incluindo a Indonésia deixou mais de 220 mil mortos, a maioria na Indonésia.

Moradores das regiões de praia disseram não ter recebido alerta nem observados sinais de movimento anormal, como o recuo da maré, antes de o desastre deste domingo ocorrer. Geólogos averiguam as causas -possivelmente um deslizamento de terra submarino que se seguiu à erupção de Anak Krakatoa, pequena ilha vulcânica que emergiu meio século após a erupção letal do Krakatoa.

O fotógrafo norueguês Øystein Lund Andersen estava na cidade de Anyer com sua família quando o tsunami ocorreu.

“Tive que correr conforme a onda gigante passava pela praia, 20 metros terra adentro. A onda seguinte atingiu a região do hotel onde estávamos e revirou carros na estrada que passava atrás”, escreveu ele em uma rede social.

Um vídeo mostra a banda indonésia Seventeen, que se apresentava na praia no Tanjung Lesung Beach Resort, na ilha de Java, sendo varrida pela massa d’água que atinge o palco e arrasta a estrutura contra o público. Além de três membros da banda, espectadores morreram. “A água varreu o palco, que estava perto do mar. Perdemos entes queridos, incluindo nosso baixista”, disse a banda em nota.

A polícia conseguiu resgatar um menino que ficou preso em um carro, sob árvores derrubadas e outros destroços, por quase 12 horas.

Dezenas de edifícios foram destruídos pela onda gigante, que atingiu as praias do sul de Sumatra e do extremo oeste de Java perto das 21h30 locais (12h30 em Brasília), informou a agência de desastres do país.

O presidente Joko Widodo, que concorre à reeleição em abril, direcionou os esforços de todas as agências do governo para as medidas de emergência e o socorro às vítimas. O governo também alertou a população local e turistas para que não retornem à região atingida ao menos até dia 25.
Azki Kurniawan, 16, disse que só percebeu algo errado quando as pessoas correram para o lobby do Hotel Patra, onde ele estava, aos gritos de “o mar está subindo!”

O adolescente, que participava de um treinamento vocacional com 30 estudantes, disse que ficou confuso porque não sentiu nenhum tremor no solo -algo que costuma preceder tsunamis. Ele correu para o estacionamento em busca de sua moto.

“Mas uma onda de um metro me atingiu de repente. Fui jogado na cerca de um prédio depois de ser carregado por uns 30 metros, e me segurei ali, enquanto a correnteza me puxava para o mar. Chorei de medo, pensando ‘É um tsunami?’. Achei que ia morrer.”
A Indonésia está sobre o chamado Anel de Fogo do Pacífico, suscetível a terremotos, vulcanismo e tsunamis.

Fonte: Folhapress

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