O piauiense Pedro Macedo mora em Kanagawa, província ao lado de Tokyo, há oito anos e foi para o Japão fazer um curso em colégio tecnológico, concluiu sua graduação e mestrado em engenharia material. Atualmente trabalha em uma multinacional como consultor de engenharia. Seus familiares são naturais de São Paulo, mas moram em Teresina.
Pedro Macedo está na expectativa para a semifinal do Mundial de Clubes da Fifa, onde seu time do coração, Corinthians, enfrenta amanhã (12) o time do Egito, Al Ahly, na cidade de Nagoya, a partir das 19h30, horário local, ou 7h30, horário de Brasília.
Apaixonado pelo timão, Pedro Macedo teve que se deslocar para a cidade de Nagoya, onde mora sua esposa, que é japonesa, para assistir a partida que decide os times que vão para a final do campeonato. A cidade possui uma das maiores comunidades de brasileiros do Japão, Consulado e metrôs com transmissões em português.
Os três lotes especiais de ingressos para a semifinal do Mundial começaram a servendidos ainda em setembro, por sete mil Yen (R$180 aproximadamente), mas foram esgotados em minutos.
Os torcedores que cobiçavam assistir à final no campeonato e não adquiriram os ingressos no lotes oficiais terão que se contentar com a transmissão ao vivo pela televisão, já que os lotes estão esgotados.
Pedro afirma que os hábitos dos japoneses não mudaram muito, que tudo funciona normalmente e não há uma comemoração exagerada por parte dos orientais. Apesar da rotina não ter sido alterada, a prefeitura tomou algumas medidas de segurança, por precaução, como a colocação de mais policiais nas ruas para evitar tumulto e baderna, pois espera-se que 20 mil torcedores do Corinthians compareçam ao estádio.
O piauiense está receoso quanto ao choque cultural. “Aqui tem regra para tudo. Para comer, se portar, andar na rua e até para subir e descer escadas. Os brasileiros que moram aqui não terão muitas dificuldades, mas os que estão vindo pela primeira vez vão sentir um pouco o impacto cultural”, relata.
“As regras são tão rígidas. No momento da entrada do torcedor no estádio todas as bagagens são checadas e o que eles acharem perigosos eles retiram. Não é permitido entrar com garrafas ou qualquer coisa que possa virar uma arma”, afirma Pedro Macedo, sobre o controle de segurança.
Apesar de clima estar muito frio nessa época do ano, o que atrapalha o desempenho dos atletas, Pedro Macedo arrisca um placar para o Corinthians. “Temos um time melhor e mais experiente que os egípcios. Eu diria 2×1, para ser sofrido, como todo jogo do Timão”, finaliza confiante.
A final do Mundial será realizada na cidade de Yokohama, no mesmo horário da partida de hoje. O estádio foi palco da final da Copa do Mundo em 2002 e tem capacidade para 73.237 torcedores.
A grande novidade do Mundial será o uso de chip nas bolas para confirmação dos gols. Essa medida foi aprovada por unanimidade em reunião na sede da Fifa, em Zurique, na Suiça. O dispositivo emite um alerta sonoro quando a bola ultrapassa a linha do gol.
Fonte: Portal O Dia
