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O que existe no lado escuro da Lua e por que todo mundo quer pousar lá?

A missão Chang’e 6, da China, chegou ao lado escuro da Lua no último domingo (2), um passo gigantesco para a corrida espacial. Essa é a primeira missão que vai recolher informações da superfície desse lado do satélite natural da Terra. Mas por que isso é tão importante?

Primeiro, é necessário entender que esse termo comumente usado não é correto. O lado escuro nada mais é do que o lado mais distante da Lua, que não é possível ver da Terra, por conta da rotação sincronizada dos dois.

Isso significa que o tempo que a Lua leva para girar em torno de seu próprio eixo é igual ao tempo que ela leva para orbitar a Terra. Por causa dessa sincronia entre rotação e translação, sempre vemos o mesmo lado da Lua.

O que tem lá?

Mesmo com a sensação misteriosa de que não se saber o que há nessa face do satélite, em 1959, a União Soviética lançou a sonda Luna 3 e conseguiu capturar as primeiras fotos dessa região.

Foi possível observar várias crateras e formações geológicas diferentes. Já no lado visível, cientistas já analisaram os “mares lunares”, planícies de basalto formadas por antigas erupções vulcânicas após grandes impactos de asteroides.

Com a ausência de formações vulcânicas no lado oculto, é possível que haja diferenças significativas na evolução das regiões.

Além disso, o lado mais afastado da Lua tem a maior cratera de impacto conhecida no Sistema Solar, chamada de Bacia do Polo Sul-Aitken, onde foi o pouso da Chang’e 6.

Essa cratera tem aproximadamente 2,5 km de diâmetro, com possíveis informações a respeito da composição interna da Lua.

 

O que pode ser feito no lado escuro da Lua?

O lado escuro da Lua pode trazer um benefício muito grande para a humanidade: por ser um local sem interferência vindas da Terra, a região poderia, no futuro, se tornar uma instalação de observatórios astronômicos em frequências de rádio.

Então, seria uma chance de entender o Universo de outra forma, sem precedentes, com outros tipos de experimentos.

Corrida espacial

A China e a Índia já conseguiram chegar ao lado escuro da Lua antes, com as missões Chang’e 4 e Chandrayaan-3, respectivamente, em 2019 e 2023. Todas as missões até agora, inclusive a deste ano, foram sem nenhuma tripulação.

Além da China e da Índia, países como os Estados Unidos, Rússia e a Agência Espacial Europeia investem muito em seus programas lunares.

Com mais informações e descobertas sobre o satélite natural da Terra, as nações passam a se interessar em missões ainda mais ambiciosas para o futuro, como uma viagem para Marte.

 

Fonte: Terra

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