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Obama fala em intervenção limitada e sem envio de tropas à Síria

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse na tarde desta sexta-feira (30) que está avaliando promover uma ação militar limitada na Síria ao invés de uma campanha de longo prazo, que não incluirá, inclusive, o envio de tropas por terra.

Obama disse que está analisando uma gama de opções com seus assessores, mas que ainda não se decidiu sobre o ataque. Disse também que o mundo não pode aceitar que mulheres e crianças morram intoxicados por gases, e que o uso de armas químicas é uma ameaça para a segurança nacional dos EUA.

Mais cedo, o secretário de Estado americano, John Kerry, afirmou que os Estados Unidos têm provas que apontam a participação do regime de Bashar al-Assad no ataque químico contra uma área rebelde da periferia de Damasco, na semana passada.

 

Segundo documento divulgado pelo governo americano, a alegação se baseia em relatos de fontes sírias, além de “informações de inteligência geográfica”.

Nas contas dos americanos, a ação deixou 1.429 mortos, dentre eles 426 crianças. Os números são maiores que os divulgados pelos rebeldes sírios, que denunciaram o ataque no último dia 21 e disseram que havia mais de 1.300 mortos. Já a organização Médicos sem Fronteiras disse ter conhecimento de 355 mortes entre os milhares de feridos atendidos.

O secretário americano disse ainda ter provas de que o ditador sírio teria usado gases químicos contra rebeldes e a população síria diversas vezes no último mês, mas em pequena escala. Para Washington, Assad preparava uma intervenção de maior escala pouco antes da chegada dos inspetores da ONU, no último dia 18.

 

Ativistas e parentes observam corpos de vítimas de ataque químico em Ghouta, nos arredores de Damasco

Ativistas e parentes observam corpos de vítimas de ataque químico em Ghouta, nos arredores de Damasco

 

 

Dentre os preparativos, estava a entrega de máscaras aos soldados que se envolveram no bombardeio. Kerry diz que as provas levantadas mostram que os foguetes partiram de áreas controladas por tropas aliadas de Assad em direção a áreas rebeldes na região de Ghouta, a área atingida pelo bombardeio.

Ele afirmou que tem mais informações que o relatório da ONU, porque os inspetores da organização não poderão determinar os responsáveis pelo ataque. “Por definição de mandato, a ONU não pode nos dizer nada além do que já sabemos”.

O regime sírio nega a ação e apresentou à ONU na última quarta-feira (28) um documento com provas que incriminariam os rebeldes pelo ataque químico.

Alex Argozino/Editoria de Arte/Folhapress
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Fonte:  Folha

 

 

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