As Coordenadorias de Vigilância Epidemiológica e de Endemias da secretaria municipal de Saúde realizam desta quinta-feira (17) até o dia 23 de setembro um teste rápido para detectar a leishmaniose visceral em cães de toda a zona urbana de Oeiras. Mais conhecida como calazar, a doença é a segunda moléstia parasitária que mais mata no mundo – apenas a malária é mais mortal.
Segundo Paulo Veras, coordenador de Endemias, equipes formadas por profissionais da secretaria vão visitar todos os bairros da cidade fazendo os testes. “A expectativa é realizar 600 testes rápidos”, calcula o coordenador.
“Os testes rápidos são feitos através da coleta de sangue do animal; em 10 ou 15 minutos é feito o diagnóstico”, explica Paulo Veras.
Sintomas do calazar em cães e em humanos
A leishmaniose visceral é uma doença grave que acomete pessoas e alguns animais. É transmitida ao homem pela picada de um inseto chamado fletótomo, conhecido em muitos lugares como mosquito palha. Esse tipo de mosquito se prolifera em fezes de animais e lixo em decomposição.
A prevenção é feita com a limpeza dos terrenos e com a higiene dos animais. Nos cães, os sintomas da doença são: lacrimejamento, queda dos pelos, unhas grandes, feridas no focinho e orelha, emagrecimento e fraqueza. Já no caso da doença em humanos, é preciso ficar atento aos sinais mais comuns, que são: febre prolongada, fraqueza, feridas na pele, anemia e falta de apetite.
Ainda não foi desenvolvida uma vacina contra a leishmaniose visceral, que pode ser curada nos homens, mas não nos animais. Os antimoniais pentavalentes, por via endovenosa, são as drogas mais indicadas para o tratamento da leishmaniose, apesar dos efeitos colaterais adversos. A regressão dos sintomas é sinal de que a doença foi pelo menos controlada, uma vez que pode recidivar até seis meses depois de terminado o tratamento.
De acordo com a secretaria municipal de Saúde, ao perceber os primeiros sinais de calazar é importante procurar rapidamente um posto de saúde ou agente de endemias. Os cães com suspeita de contaminação devem ser sacrificados por profissionais autorizados. O uso de inseticidas também é indicado para combater o inseto, mas esta tarefa também deve ser feita por agentes treinados.
Por Jadson Osório
