A Controladoria-Geral da União (CGU) informou, no âmbito da Operação Epílogo, em Valença do Piauí, que “de um total de R$ 6,2 milhões pagos à empresa investigada em decorrência da contratação de origem, serviços estimados em R$ 1,2 milhão foram periciados, tendo sido identificado um prejuízo de R$ 421.504,58.
As investigações foram iniciadas após denúncia recebida pela CGU e pela Polícia Federal em 2020, e culminaram na deflagração da operação na manhã de quinta-feira (14).
As análises à época evidenciaram a ocorrência de superfaturamento na execução de serviços de manutenção preventiva e corretiva, em prédios públicos, contratados por município piauiense mediante Ata de Registro de Preços, que posteriormente foi objeto de adesão por outro município vizinho.
AGENTES POLÍTICOS
O esquema envolveria a execução de serviços custeados com recursos federais em municípios piauienses, que são postos em prática por intermédio de empresa suspeita de ser “de fachada” e/ou ligada a ex-agentes públicos e políticos dos municípios contratantes.
Também segundo a CGU, os dados financeiros analisados ainda constataram a ocorrência de movimentações envolvendo a empresa contratada e ex-agentes públicos e políticos ligados aos municípios contratantes, com características de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.
Ainda segundo a CGU, os fatos investigados têm impacto direto para a população dos municípios envolvidos nos desvios, já que resultam em obras não executadas ou executadas de forma precária em prédios públicos, impossibilitando que escolas públicas e unidades de saúde apresentem condições físicas necessárias para um adequado atendimento aos alunos, pacientes e profissionais que nelas atuam.
A Operação Epílogo consistiu no cumprimento de quatro mandados de busca e apreensão em Teresina.
O trabalho contou com a participação de dois auditores da CGU e cerca de nove policiais federais.
Fonte: 180 Graus