Durante as buscas da PF na manhã desta quarta (3), na casa de Bolsonaro em Brasília foram apreendidos os celulares do ex-presidente e de Michelle Bolsonaro, além disso 6 pessoas foram presas, entre elas, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o coronel Mauro Cid, além dos militares Max Guilherme e Sérgio Cordeiro, que atuaram como seguranças de Bolsonaro
A operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, dentro do inquérito das “milícias digitais” que já tramita no Supremo Tribunal Federal. Bolsonaro não é alvo de mandado de prisão, mas deve prestar depoimento ainda hoje à PF em Brasília.
A operação mira um grupo suspeito de inserir dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde
A lista de alvos inclui ainda o policial militar Max Guilherme e o militar do Exército Sérgio Cordeiro – ambos, seguranças próximos de Bolsonaro e que atuaram na proteção dele durante o mandato presidencial. Ao todo estão estão sendo cumpridos 16 mandados de busca e apreensão e seis mandados de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro.
De acordo com a PF, essa suposta falsificação teria o objetivo de garantir a entrada de Bolsonaro, familiares e auxiliares próximos nos Estados Unidos, burlando a regra de vacinação obrigatória. A PF ainda investiga a situação de outros membros da comitiva, como a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
Teriam sido forjados os certificados de vacinação: o ex-presidente Jair Bolsonaro; a filha de Bolsonaro, Laura Bolsonaro, hoje com 12 anos, além do ex-ajudante de ordens Mauro Cid Barbosa, da mulher e da filha dele.
O período em que a inclusão dos dados falsos aconteceram foi entre novembro de 2021 e dezembro do ano passado. As pessoas beneficiadas conseguiram emitir certificados de vacinação e usar para burlar restrições sanitárias impostas pelos governos do Brasil e dos Estados Unidos, segundo os investigadores.
Ainda segundo a Polícia Federal, o objetivo do grupo seria “manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas” e “sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19”.
Os fatos são investigados dentro de um inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF).
Fonte: Meio Norte