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Operação Forjas: Defesa vai pedir revogação de prisões feitas em Oeiras

Delegada explica como aconteceu investigação da PF (Foto: G1)

Em entrevista ao Portal Integração, os advogados Eduardo Rodrigues e Flayman Fontes disseram que vão pedir a revogação dos mandados de prisão preventiva expedidos contra Ivan Borges Avelino (“Papinha”) e Manoel Ivan Monteiro (“Gaúcho”), presos pela Polícia Federal na manhã desta quarta-feira (26), em Oeiras.

Cinco pessoas – Ivan Borges Avelino; a ex-mulher dele, Fátima Barreto; Manoel Ivan Monteiro (“Gaúcho”); Higor Haas e Gessan – foram presas sob suspeita de integrar uma organização criminosa que, segundo investigação da PF, fraudava documentos expedidos por órgãos de fiscalização ambiental. Todos eles foram ouvidos e, em seguida, encaminhados ao sistema prisional.

O advogado Kairo Fernando, que faz a defesa de Fátima Barreto, disse que também ingressará com o pedido de revogação da prisão temporária junto à Justiça Federal do Piauí.

Em Oeiras, a Polícia Federal também fez a condução coercitiva de três pessoas ligadas ao esquema fraudulento.

O padrasto de Higor Hass, Osvaldo, e o advogado de “Papinha”, Dimas Batista, também foram presos no Mato Grosso e Teresina, respectivamente.

Delegada explica como aconteceu investigação da PF (Foto: G1)

Delegada explica como aconteceu investigação da PF (Foto: G1)

Segundo a delegada Lea Cecília Muniz, chefe da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra o Meio Ambiente, os fraudadores usavam documentos obtidos no Piauí para justificar desmatamentos em outros estados.

“O Piauí ainda tem áreas disponíveis para desmatamento, então as pessoas pleiteiam licenciamento ambiental junto aos órgãos daqui, aparentemente de forma legal, só que eles utilizam para praticar fraudes. Ao invés de explorarem de fato a propriedade licenciada, eles utilizam apenas os documentos que são gerados no Piauí para acobertar um desmatamento em outro local, em outro estado”, explica a delegada.

A investigação da PF, que acontece desde 2010, feita com base em interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça e através da análise de imagens de satélite.  O licenciamento ambiental negociado na fraude foi obtido para áreas de fazendas situadas em municípios da região de Oeiras (Colônia do Piauí, Santo Inácio e São Francisco do PI).

O esquema abastecia, principalmente, empresas siderúrgicas com carvão vegetal, produzido clandestinamente em áreas mais próximas desse mercado consumidor, usando dos documentos do Piauí, que são gerados virtualmente no sistema de Documento de Origem Florestal (DOF), do IBAMA.

Todos os presos e conduzidos pela PF para depoimento responderão por corrupção ativa e passiva; falsidade ideológica; advocacia administrativa; participação em organização criminosa e associação criminosa; simulação de origem de produto florestal  e comercialização e transporte clandestino de produtos florestais.

 

Da redação

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