Os barris de petróleo negociados em Londres e em Nova Iorque avançam na manhã desta segunda-feira (20), com a desvalorização do dólar no mercado mundial que impulsiona o apetite de investidores por ativos denominados em dólar. O mercado também está animado com o recuo do Brexit (possível saída da Grã-Bretanha da União Europeia) nas sondagens.
Às 9h00, o barril de Brent tinha avanço de 1,99%, a US$ 50,15, na International Exchange Futures (ICE), em Londres. Já o barril do West Texas Intermediate (WTI), negociado no New York Mercantile Exchange (Nymex), em Nova Iorque, registrava alta de 1,75%, a US$ 49,41.
Na sexta-feira (17), a commodity encerrou com valorização, após acumular perdas ao longo das seis sessões. O barril de Brent subiu 4,64%, a US$ 49,38, e o de WTI valorizou 4,44%, a US$ 48,26. O mercado respondia ao retorno da produção no Canadá e Nigéria, que enfrentaram incêndios e tensões políticas, respectivamente, e aos dados sobre reservas de crude nos Estados Unidos, que tiveram queda abaixo do esperado na semana anterior, e estão 33% acima da média dos últimos cinco anos.
A Agência Internacional de Energia (AIE) divulgou relatório mensal na semana passada, que mostra que países como Índia e China devem demandar mais petróleo nos próximos meses. Para a agência, ainda que o excesso de oferta persista, a procura deve continuar mais alta que a produção e a questão oferta-demanda deve se normalizar em um ano.
A oferta de crude no primeiro semestre é 40% inferior à estimada pela agência um mês antes, devido ao consumo mais robusto do que o projetado anteriormente, e também às tensões na Nigéria e incêndios no Canadá. Os preços, contudo, acredita a AIE, não devem ter margem para avanços mais significativos.
Fonte: Jornal do Brasil