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Piauí: Medidas protetivas por violência contra mulheres crescem quase 150% em cinco anos

Medidas protetivas por violência contra a mulher cresceram 142% em cinco anos no Piauí, com um total de 3.288 novos pedidos este ano. Esse tipo de mecanismo serve para coibir as ações físicas ou psicológicas e assegurar as vítimas de violência doméstica.

O número de medidas protetivas passou de 1.355 pedidos, registrados em 2015, para 3.288 novos pedidos este ano. Cada caso é analisado individualmente, mas algumas ações costumam aparecer em todos, como por exemplo, a determinação de uma distância mínima entre o agressor e vítima, filhos, parentes e testemunhas. E a proibição de qualquer tipo de contato, inclusive por ligação e redes sociais.

Um vítima, que não quis se identificar, contou que a primeira medida veio depois de 11 anos de relacionamento. O marido não aceitou o fim do casamento e começou a fazer ameaças.

“Fiz a denúncia na Central de Flagrantes, entrei na medida protetiva, porque não aguentava mais. Minha medida foi renovada por duas vezes, agora me sinto bem, antes dessa medida não me sentia. Deixei de estagiar porque tinha medo de deixar meus filhos e minha família tinha medo de me deixar ir. Mas depois da medida posso trabalhar e chegar na minha casa tranquila”, ressaltou.

Em junho deste ano no município de Floriano Geovania de Sousa, foi atingida por seis disparos realizados por dois homens. O companheiro é suspeito de ser mandante do crime. A vítima possuía um registro de violência doméstica e tinha medida protetiva, mas mesmo assim foi gravemente ferida.

O descumprimento da medida caracteriza um outro crime como explicou Lia Medeiros, coordenadora do Núcleo das Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar (Nupevid) da Defensoria Pública.

“Quando a medida é concedida e o agressor notificado se vier a descumprir essa medida, além de configurar um novo crime podendo inclusive ser preso em flagrante também pode ser preso preventivamente, para garantir a efetividade dessas medidas”, disse.

Para a defensoria, a medida inibe a ação dos agressores, mas não é suficiente, é necessário melhorar a rede de proteção e trabalhar a prevenção desses crimes.

Fonte: G1

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