O Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE) em parceria com o Ministério Público Eleitoral e com a Ordem de Advogados do Brasil (OAB), secção Piauí, montaram uma força tarefa para coibir e combater a compra de votos na eleição deste ano. O movimento foi lançado na manhã de ontem durante reunião na sede do Tribunal. Durante o encontro, o procurador Marco Aurélio Adão, destacou os altos números de denúncias de propaganda irregular e afirmou que nesta eleição a disputa será no judiciário.
De acordo com Marco Aurélio Adão, pela quantidade de denúncias que chegam ao Ministério Público todos os dias, a tendência é que a disputa judicial entre os candidatos se acirrem com a proximidade do dia do pleito. “Não posso precisar o número dessas denúncias porque ainda não temos um balanço oficial. Mas posso afirmar que esse número é alto. O número é crescente e a tendência é que nós tenhamos uma eleição com a disputa eleitoral no judiciário”, disse.
A maior parte das denúncias se refere à propaganda irregular realizada pelos candidatos. “É tanto a propaganda extemporânea, aquela que foi realizada fora do prazo eleitoral, como a propaganda realizada de forma irregular. Aquela que ocorre em lugar não permitido. Os candidatos além de disputar o pleito na rua, ainda promovem essa disputa na Justiça”, declarou.
Marco Aurélio Adão afirma que as eleições limpas só serão possíveis com a participação da sociedade. “O processo eleitoral não pertence ao Ministério Público ou a Justiça Eleitoral, mas ao cidadão. A Justiça é importante para conduzir o processo, mas sem a sociedade não é possível combater a corrupção. Eleições limpas, sem o abuso de poder só irão acontecer quando a sociedade participar ativamente”, declarou.
O presidente do TRE, desembargador Edvaldo Moura, afirmou que já é possível perceber um maior envolvimento da população no combate a corrupção. “Fico surpresa quando instituições como a Igreja Católica e a Maçonaria nos procuram para contribuir. Esses segmentos da sociedade se reuniram aqui para mostrar como poderão participar e contribuir com o processo. Só com a participação da população poderemos fazer uma eleição limpa”, destacou.
Jornal O Dia