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Piauienses têm filhos baianos por falta de maternidade do Sul do Estado

hospitalregionalPor falta de maternidade na cidade de Corrente, localizada a 900 Km de Teresina, mulheres grávidas da cidade estão tendo que dar à luz em municípios da Bahia, como Formosa do Rio Preto e Barreiras. As duas cidades baianas ficam mais próximas de Corrente do que a capital do Piauí.

A primeira, a 72 Km e a segunda, a 224 Km. Além das gestantes, moradores que necessitam de atendimento médico de alta complexidade também precisam se deslocar até a Bahia. O problema é gerado pela demora na reabertura do centro cirúrgico do Hospital Regional João Pacheco Cavalcante, que estava previsto para ser inaugurado em junho, após uma reforma de 11 meses para ampliação. No dia 16 de julho último, a Sesapi anunciou que toda a parte física da obra já estava concluída, restando apenas a entrega de alguns equipamentos e do sistema de refrigeração para que a inauguração fosse feita.

De acordo com a diretora do hospital, Samara R. Sá, a inauguração deveria ter ocorrido no dia 14 de julho. Contudo, a reabertura do centro cirúrgico não foi possível porque os novos equipamentos não foram entregues.Segundo Samara, a empresa vencedora da licitação faliu e a Sesapi precisou abrir um novo procedimento licitatório destinado a contratar uma nova fornecedora.

Por meio da assessoria da Sesapi, o diretor administrativo da pasta, Victor Mendes, confirmou que o atraso na entrega dos equipamentos foi a causa do adiamento, mas disse não ter conhecimento sobre problemas com a empresa que venceu a licitação. A Sesapi admite que a inauguração da reforma do hospital continua sem data para ocorrer. Todavia, a diretora Samara Sá ressalta que, mesmo durante
a reforma, o hospital continuou atendendo boa parte da demanda regional. Ela cita como exemplo um acidente que ocorreu nessa terça- feira, com um ônibus da empresa Guanabara, vitimando cerca de 40 pessoas.

De acordo com Samara, quase todos os feridos foram atendidos no Hospital Regional de Corrente, e apenas alguns poucos precisaram ser transferidos para o hospital de Barreiras (BA).

Reforma custou R$ 600 mil ao Estado

A ordem de serviço para a reforma do hospital regional de Corrente foi assinada há exatamente um ano, quando a Secretaria Estadual de Saúde ainda era comandada pela primeira-dama Lílian Martins. Orçada em R$ 600 mil, a obra foi destinada a melhorar a estrutura dos centros cirúrgicos, almoxarifado, enfermaria, leitos, farmácia, cozinha, recepção, dentre outros setores do hospital regional.

Além desse montante, também foram destinados recursos para a aquisição dos equipamentos. Com uma equipe formada por aproximadamente 100 profissionais, o hospital de Corrente atende pacientes de pelo menos oito municípios do Sul do Estado, com uma demanda de 95 mil habitantes, e realiza 800 procedimentospor mês, entre  urgências e emergências.

De acordo com a Sesapi, a reestruturação do Hospital Dr. João Pacheco Cavalcante é uma das medidas necessárias para torná-lo referência em medicina no extremo sul piauiense.

Portal O Dia

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