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Polêmicas rondam a internet para todos

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Imagem ilustrativa

Quase três bilhões de internautas. Mais de 40% da população mundial já acessa a internet de alguma forma. Mas e os outros quase 60%, como ficam? Ainda falta muita gente se conectar espalhada por aí. Se existe vontade de entrar para o mundo digital, falta infraestrutura – principalmente em zonas rurais e regiões mais remotas. Como custa caro enviar sinal de internet até esses locais, os governos acabam não investindo mundo dinheiro ali; resultado…ficam a ver navios – ou vacas. Tudo offline, é claro!

Para diminuir essa diferença e trazer mais gente para o mundo online, grandes empresas do mundo da tecnologia têm divulgado ações e iniciativas com relação à inclusão digital. Se pararmos para pensar, fisicamente, seria totalmente possível levar internet para todo o mundo uma vez que praticamente não existe mais lugar no planeta sem sinal de telefonia celular ou TV. E qualquer coisa que vai pelo ar, a princípio, é possível chegar em qualquer lugar. A grande questão é quem vai fazer isso e a que custo…

Talvez o maior projeto nesse sentido seja o Internet.org, do Facebook. Em parceria com outras gigantes do mercado, a rede social de Mark Zuckerberg diz que o objetivo é levar internet grátis para todo o mundo – começando pelos países com menos acesso à web.

Pouco tempo atrás, o Facebook até divulgou o vídeo de um drone gigante equipado com sistema para distribuir internet via laser. O esquema seria é capaz de transmitir 10 gigabits por segundo a uma distância superior a 16 quilômetros. Com balões capazes de voar o dobro da altitude de um avião, o Google com seu Projeto Loon também tem a grandiosa missão de universalizar o acesso à rede. A previsão era ter entre 300 e 400 balões cruzando os céus do planeta já este ano. A tecnologia embarcada em cada um deles tem capacidade para oferecer uma conexão sem fio de até de 22 megabits por segundo. O programa Android One, também do Google, promete lançar uma série de dispositivos Android com preços acessíveis em países em desenvolvimento. O primeiro foi o smartphone Infinix HOT2. Assim, a empresa diz que vai contribuir para a difusão do acesso à internet nesses países. O programa foi iniciado na Índia há cerca de um ano, e atualmente chega a 16 países (incluindo seis países africanos).

internet

Cá entre nós, se pararmos para pensar é mesmo difícil confiar em tanta isenção e bondade quando grande parte do serviço de internet de um país correr por uma empresa privada. Se lembrarmos que apenas pouco mais de um terço da população mundial tem acesso à internet, o projeto pode facilmente se tornar uma inesgotável mina de dinheiro para Zuckerberg e companhia limitada.

Mais de 1 bilhão de pessoas já estão conectadas através do Internet.org. A polêmica é grande apesar do que parecer ser muito legal. O projeto, que reúne, além do Facebook, Nokia, Opera, Qualcomm e Samsung, negocia com operadoras e governos para decidir os serviços que estarão disponíveis entre os parceiros em cada lugar. Então é fornecido um acesso restrito à rede, permitindo que as pessoas visitem sites como Wikipédia e, claro, o próprio Facebook. Aqui no Brasil, o projeto já saiu do papel e está em plena atividade. Heliópolis, uma das maiores favelas de São Paulo, ganhou do Facebook um laboratório digital e Wi-Fi gratuito – claro, com acesso restrito. Quando questionado sobre esses pontos polêmicos, Zuckerberg é enfático: segundo ele, quando alguém não pode pagar por conectividade, é sempre melhor ter algum acesso do que nenhum. Será?!
Independente de qualquer iniciativa, já passou da hora da sociedade se mobilizar e pressionar para que o governo tenha sua própria iniciativa de popularizar a internet no país. O próprio Marco Civil diz que é dever do Estado prover acesso a toda a população, sem restrição e respeitando todos os direitos adquiridos na nova lei. Mas, e você, o que acha dessa história? Será que é exagero ou Facebook, Google e companhia estão mesmo dando mais indícios que pretendem dominar o mundo e encher cada vez mais seus cofres? Apesar dos pesares, tem gente que é bem otimista.

Vídeo:

Fonte: Olhar Digital 

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