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‘Procurando Dory’: veja 5 coisas para lembrar e 5 para esquecer do filme

Listas em vídeos inspiram-se em personagem ‘desmemoriada’; G1 já viu.

Boa continuação de ‘Procurando Nemo’ (2003) estreia nesta quinta (30).

Cena de 'Procurando Dory', continuação de 'Procurando Nemo' (Foto: Reprodução/Pixar)Cena de ‘Procurando Dory’, continuação de ‘Procurando Nemo’ (Foto: Reprodução/Pixar)

Mesmo quem começar o filme procurando defeitos – e eventualmente encontrando –, no fim terá de admitir que “Procurando Dory” será lembrado (com trocadilho) inevitavelmente como o mais bem-sucedido “filme-fofura” já produzido pela Pixar (veja por que nos vídeos abaixo).

A continuação de “Procurando Nemo” (2003) entra em cartaz nesta quinta-feira (30) no Brasil com jogo ganho lá fora. Fez a melhor estreia para uma animação em todos os tempos nos Estados Unidos e no Canadá. Arrecadou US$ 132 milhões.

Com o humor mais nonsense (e às vezes cansativo, mas ok, era um risco) de todos os filmes da produtora, além da clássica combinação aventura + emoção + celebração da família, “Procurando Dory” obtém no mínimo um feito: o espectador que achava desnecessária uma continuação do premiado “Nemo” acaba concordando que esta sequência sobrevive independentemente de seu premiado antecessor. Mas não o supera.

“Procurando Dory”, à maneira Disney, manda recados tipo corretos e/ou edificantes, na linha do “respeite os animais pois o lugar deles é na natureza” e “respeite, igualmente, deficiências físicas, porque elas no fim podem se revelar virtudes”.

A estrela do filme é a peixinha com problemas de memória, muito divertidinha (às vezes chatinha também) que no filme original tinha papel secundário. Era o que os entendidos gostam de chamar de “alívio cômico”. Fez tanto sucesso que agora ganhou um filme para chamar de seu. Não será surpresa se acabar rendendo um terceiro capítulo…

Inspirado na (falta de) memória de Dory, o G1 lista a seguir cinco coisas para você lembrar e cinco coisas que tudo bem se você esquecer em “Procurando Dory” (Assista aos vídeos).

5 COISAS PARA LEMBRAR

1. O ‘filme-fofura’ mais marcante da Pixar
Difícil não se comover com a versão mirim da Dory, toda perdida dos pais e sem se lembrar de nada. “Procurando Dory” é justamente a história da personagem já adulta tentando achar a família. Com ajuda de Nemo e de Marlin, pai do peixinho. A mensagem escancarada mesmo é: valorize a família, valorize a amizade, respeite as diferenças e entenda que você pode usar os seus defeitos para vencer na vida. É aquilo: Pixar claramente mira o público infantil mas sem deixar de querer agradar quem paga a conta do cinema e da pipoca.

2. O humor mais nonsense da Pixar
Antes de “Procurando Dory”, a Pixar tinha lançado 16 filmes (dentre eles a trilogia “Toy Story”, “Divertida Mente”, “Up”, “WALL-E” , o próprio “Procurando Nemo” etc.). Todos apelavam para a comédia uma hora ou outra, mas nada parecido como que se vê aqui. É o filme com o humor mais nonsense. Tem piadinha e tem humor visual, pastelão inclusive. Tem até personagem falando “miga, cê tá loka!”. E a participação da Marilia Gabriela (que interpreta a si mesmo; só a voz) é um absurdo. Mas fica ótimo, é outra coisa que os adultos vão adorar.

3. Um novo personagem muito bom
Esquece o Nemo, esquece o Marlim e esquece até a Dory. O melhor personagem de “Procurando Dory” é o polvo Hank, dublado na versão brasileira por Antonio Tabet. Hank é um tipo divorciado da civilização, que não gosta de ninguém, mas tem carisma. Um acerto em todos os sentidos: técnico e artístico, visual e verbal. Merece um filme só dele.

4. As cenas de ação e aventura do final
“Procurando Dory” patina em alguns momentos e fica arrastado. No terço final, no entanto, a história acontece, investe na aventura, em cenas de ação frenéticas e malucas, chutando o balde novamente no humor, com super slow. Faz rir porque é engraçado e de nervoso.

5. O filme sobrevive independentemente de ‘Nemo’
Quando esta continuação de “Procurando Nemo” foi anunciada, os não fãs reclamaram: “Qual a necessidade disso?”. Mas a verdade é que mesmo quem não gostou de “Procurando Nemo” pode encarar e gostar de “Procurando Dory”. A ideia aqui não é superar o filme anterior, coisa que de fato não acontece.
5 COISAS QUE TUDO BEM ESQUECER EM ‘DORY’

1. As piadinhas sobre a perda de memória recente da Dory
Logo de cara em “Procurando Dory”, rola uma sequência (óbvia) de piadinhas sobre a perda de memória da protagonista. Cansa. Ainda bem que o próprio filme se esquece disso com o passar o do tempo e abre mão do recurso.

2. Nemo
Acontece que o Nemo é meio maleta em “Procurando Dory”. Tolerável no filme de 2003, agora ele está de fato desinteressante. É legal, é simpático, é honesto, é esforçado, é bem intencionado, mas de boas intenções o Oceano tá cheio. Enfim, o carisma que sobra a quase todo o elenco falta justamente ao Nemo.

3. Roteiro às vezes dá sinal de preguiça
Uma peixinha azul desmemoriada e sua turma aprontando muitas confusões no oceano numa inesquecível história de tirar o fôlego que vai fazer você se afogar em lágrimas de emoção e felicidade. Não perca, “Procurando Dory”, na Sessão da… Pois bem. Esta jornada de Dory para encontrar os pais, com idas e vidas, vai dar certo, não vai dar certo, mas e agora? Enfim, o roteiro força a mão para valorizar o drama e tem hora que mostra situações meio desnecessárias. A molecada pode cansar. Um pouco.

4. Persongem transgênero e casal lésbico passa batido
Quando saiu o primeiro trailer de “Procurando Dory”, teve polêmica na internet por causa de uma breve cena com um hipotético casal de lésbicas. Muita gente comemorou o suposto aumento da presença LGBT em animações. Mas a verdade é que não dá para cravar que seja um casal. A cena é muito rápida, piscou-perdeu. Nada memorável. Além disso, a Ellen DeGeneres, dubladora original da Dory, deu uma entrevista ao jornal “USA Today” falando que a arraia que é professora do Nemo e seus amiguinhos desde “Procurando Nemo” agora se revelaria transgênero. Também não dá para notar, ao menos não na versão dublada.

5. Açúcar em excesso
“Procurando Dory” incomoda quem recusa sentimentalismo. Isso o impede de estar entre os maiores clássicos da Pixar –são 17 animações, das quais a primeira foi “Toy Story” (1995). Se fosse rolar uma competição entre todos, “Dory” não pegava vaga para a libertadores. Mas isso é mais mérito da concorrência que sinal de defeito. Não é fácil bater “Procurando Nemo”, “Divertida Mente”, “Monstros SA”, “Up”, “Os incríveis”, “Rataouille”, “Carros 2”… Quer dizer, não: “Carros 2” é lamentável. E “Procurando Dory” está longe, muito longe disso.

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