Talvez tenha sido da leitura da obra Piauí Colonial, autoria do historiador Luiz Mott, que tive maiores informações sobre o Aldeamento Indígena de São João de Sende, localizado em Tanque do Piauí, cidade oeirensemente nascida.
O Sr. Ditinho de Araújo Costa, nativo daquela região, conduziu-me, em 1997, às ruínas da conhecida Igreja Velha daquela localidade, donde descortina-se bela paisagem.
Noutras oportunidades por lá estive levando gente amiga em grupos ou não, a exemplo de Fonseca Neto, Paulo Machado, Tânia Martins, Cineas Santos, Paulo Gutemberg, Verônica Pereira, Felipe Mendes e diversas outras pessoas.
Há mais de duas décadas tenho divulgado aquele sítio arqueológico por variadas formas e em determinadas ocasiões. Sou co-editor do documentário Nos rastros dos Gueguês, o qual pode ser encontrado na minha página do YouTube.
Ontem (16.07.2022), participei do 4° Festival de Cultura do Aldeamento Indígena de São João de Sende. Tudo muito bem organizado!
O evento constou de inúmeras atividades.
Trilhas foram percorridas para alcançar pontos históricos de interesse turístico. Instalou-se verdadeira praça de alimentação em barracas cobertas de palhas. Exposição artesanal, de livros. Foi montado amplo e moderno auditório. Houve apresentações artísticas, palestras ilustrativas.
Ressalto a fala do escritor Reginaldo Miranda, membro da Academia Piauiense de Letras – APL. Discorreu, com profundo conhecimento, acerca da formação daquele aldeamento fundado em 1765 e extinto 21 anos depois.
Fiquei feliz em saber a Universidade do Vale do São Francisco – UNIVASF (Campos de São Raimundo Nonato) está autorizada pelo Instituto do Patrimônio Artístico Nacional – IPHAN a proceder estudos, prospecções, naquele local.
Registre-se também a presença Sra. Alzenir Pereira dos Santos, natural de Uruçui, descendentes da tribo Gueguês.
Impressionante o sentido de pertencimento daquela comunidade rural.
Por Carlos Rubem