O sindicato dos trabalhadores Rurais de Oeiras, realizou no sábado dia, 26, de maio “Dia de Campo” na região da Boa Vista, comunidade rural que fica a cerca de 12km da cidade de Oeiras. Oportunidade em que os produtores e representantes de órgãos e entidades tiveram a oportunidade de conhecer de perto a modalidade de produção agrícola que vem provocando mudanças significativas na vida de agricultores na região de Oeiras.
Trata-se do Projeto “ Palmas para Oeiras “ após a visita as unidades produtivas os participantes se concentraram na localidade Araçás, na residência do senhor Albertino, há nove meses trabalhando no cultivo da palma forrageira em sua comunidade. Para seu Albertino o projeto trouxe boas perspectivas para que o mesmo não desistisse de suas atividades agrícolas.
“É muito bom, o projeto palmas, porque teve uns anos que pensei até de largar a roça, mais depois desse projeto tive outra coragem para trabalhar na roça, porque tem o acompanhamento do Siqueira Neto, engenheiro agrônomo do projeto, que está aqui dando assistência e uma boa produção no criatório de animais. ” Afirma o agricultor.
O Projeto “Palmas para Oeiras“ tem o apoio da SDR (Secretária de Desenvolvimento Rural do Piauí) na garantia do suporte forrageiro para os agricultores de caprinos conforme a diretora da agricultura familiar no estado Liz Elisabete “ O plantio de palmas foi uma meta nossa, nós estamos ampliando, comprando, adquirindo de um produtor nosso aqui do estado e distribuindo para os agricultores. ”
Ainda de acordo com Elizabete, as ações do Sindicato dos trabalhadores tem sido relevante para o cultivo da palma na região de Oeiras, o que para ela é um exemplo a ser seguido, “ essa experiência desenvolvida aqui pelo Sindicato de Oeiras é muito bom, se a gente tivesse vários Sindicatos fazendo isso, eles melhorariam e ampliariam a proposta, não é só distribuir palmas, eles distribuíram as palmas, viabilizaram com as outras organizações, inclusive com a SDR alguns kits para fortalecer o programa, conseguiram com a CODEVASF também programas, com a assistência técnica perceberam que só a palma também não resolve, então vamos entrar com a cunhã, vamos com a glicidia, vemos uma ação conjunta de articulação, que eu acho que é isso que temos que fazer, uma articulação dos órgãos de governo, com as ONGs pra gente melhorar o nosso rebanho, uma experiência muito positiva a ser reaplicada.”
Para o professor Laerte Amorim do IFPI( Instituto Federal do Piauí ) Campos Oeiras, o projeto é uma saída para os produtores em uma região que possui grande riqueza em seu subsolo “ esse projeto ele é essencial para aqueles que criam e tem dificuldades de alimentar seus animais durante o período de escassez de chuvas, ou seja, nosso período seco, temos uma água de solo de excelente qualidade, podemos por meio da irrigação por gotejamento produzir várias toneladas de palma a um custo muito baixo para que possa ser sugerido para o produtor da palma doce, palma miúda, orelha de elefante entre outras.”
O Banco do Nordeste soma-se ao projeto “Palmas para Oeiras” durante o dia de campo a agente de desenvolvimento da Agencia de Oeiras Marise Nogueira ressalta a sua impressão e a necessidade de se firmar mais parcerias “ eu estou saindo daqui muito bem impressionada, eu não conhecia o projeto, imagino que um projeto dessa natureza devemos repetir ele nas outras comunidades, de grande importância pra nossa realidade em ter uma instituição como o sindicato, cumprindo o seu papel e nos do Banco do Nordeste, também estamos aqui para cumpri o nosso papel, já está combinado com as instituições e o Sindicato que nós vamos integrar o projeto a partir de agora na discussão, considerando que nós temos ações similares ao Projeto “Palmas para Oeiras” já financiamos boa parte deles ao senhor Jonas, é financiado pelo Banco do Nordeste da primeira estação do “Dia de Campo” já é financiado pelo Banco do Nordeste e vamos procurar identificar e ampliar esse apoio.”
Atualmente já são mais de 14 (quatorze) famílias atendidas em mais 10 (dez) comunidades da região, segundo o presidente do Sindicato Gilmar Fontes, existe uma meta a ser seguida: Melhorar a qualidade de vida do homem no campo. “ A nossa meta é exatamente fazer com que chegue aos mais diversos agricultores e que de fato a vida no Semiárido Brasileiro possa melhorar com a qualidade de vida, a partir de uma produção da ovinocaprinocultura com alimentação da palma, da muringa, da cunhã e outras leguminosas que evidentemente, nós estamos trabalhando dentro do Projeto “ Palmas Oeiras.
Novas parcerias já foram firmadas, a exemplo do Projeto “ Viva Semiárido” afirmar Gilmar Fontes: “ o Programa viva semiárido já abraçou a causa “ Palmas para Oeiras” e está dentro das unidades e projetos produtivos trabalhando a questão da palma, mas, o nosso desafio vai além disso de fazer com que, não só o “ Viva Semiárido, “ mas o próprio banco do Nordeste já nos procurou, esteve aqui também já dá sinais claros de apoio nesse sentido. A fundação Banco do Brasil já nos procurou, o SEBRAE e a ideia é também é sensibilizar o poder público tanto a nível municipal, estadual e nacional. ’’ Seu Albertinho que já pensa em aumentar seu rebanho, não vê dificuldades para o cultivo da palma em sua comunidade, e ainda revela os efeitos de qualidade no seu criatório ‘’A palma até água é pouca, com 8(oito) dias que a gente irriga, ainda tem a muringa, a cunhã tudo é alimento para os animas, e ainda penso em aumentar o criatório. ’’
Além da SDR, Banco do Nordeste, IFPI também participaram do ‘’Dia de Campo ‘’ representantes do CEFAS (Centro Educacional São Francisco de Assis), CODEVASF e EMATER.
Reportagem Claudevândio Macêdo