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Reitoria da Uespi é acusada de pressionar alunos e professores

zoom uespi 887A greve é dos professores, mas os estudantes é que são pressionados pela administração da Universidade Estadual do Piauí (Uespi). Em nota publicada no site da instituição, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PREG) diz que o semestre letivo está sendo contado desde o dia 13 do mês passado. E avisa: “(…) informamos aos estudantes que o não comparecimento gerará prejuízos no que se refere à frequência de aulas, estipulada pela legislação vigente em um mínimo de 75%.”

Leia a íntegra do texto:

Comunicado PREG

A Universidade Estadual do Piauí (UESPI), COMUNICA aos corpos discente e docente que o início do período letivo deu-se no dia 13 de agosto de 2012. Comunica ainda que, por decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Piauí, prolatada pelo Desembargador José James Gomes Pereira, no dia 29 de agosto de 2012, a greve dos professores foi considerada ilegal.

Assim, informamos aos estudantes que o não comparecimento gerará prejuízos no que se refere à frequência de aulas, estipulada pela legislação vigente em um mínimo de 75%.

O comunicado da PREG repercutiu mal no meio acadêmico. Estudantes e professores interpretaram a nota como uma tentativa de pressão da reitoria. Os docentes estão em greve desde o mês passado e o movimento é apoiado por grupos de alunos, organizados em entidades estudantis.

Na interpretação dos discentes, a ideia da administração da Uespi é forçar a retomada das aulas, principalmente nos cursos onde há mais professores substitutos. “Como muitos substitutos não param, por medo, é a adesão dos alunos que tem mantido a greve em alguns cursos”, explica Luan Mateus, estudante de Comunicação.

Segundo Luan, o movimento estudantil segue o calendário da greve dos professores, mas tem demandas próprias. No início desta semana, os alunos apresentaram um documento com 23 pautas ao reitor Carlos Alberto. O gestor pediu um prazo de duas semanas para apresentar respostas.

Os professores também reagiram contra a nota da PREG. Para Lina Santana, presidente da associação que representa a categoria, o texto é uma tentativa de intimidação ao movimento grevista. “É um verdadeiro assédio moral praticado pela reitoria e pelo Governo do Estado”, afirma.

Segundo a professora, a greve foi considerada ilegal antes mesmo de o dissídio coletivo ser julgado pelo Tribunal de Justiça do Piauí. O dissídio é possível quando há conflito entre as partes coletivas que compõem uma relação de trabalho. Há uma reunião agendada entre governo, administração da Uespi, professores e Judiciário para o dia 21 deste mês.

Enquanto não há negociação, professores e alunos pedem a suspensão do calendário acadêmico. Isso implicaria na interrupção das aulas até o fim do movimento. Os docentes da Uespi reivindicam reajuste salarial e melhores condições de ensino.

Portal O DIA

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