O jornalista Ricardo Boechat, de 66 anos, morreu na queda de um helicóptero nesta segunda-feira, em São Paulo.
Boechat voltava de um evento Campinas, a cerca de 100 km da capital paulista, quando a aeronave em que estava caiu no Rodoanel, na Grande SP.
No evento, voltado para funcionários da farmacêutica Libbs, o jornalista participou de uma conversa com o presidente da empresa, Alcebíades de Mendonça Athayde Junior. Devido à tragédia, a programação do evento foi cancelada para esta tarde.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a aeronave onde Boechat estava caiu no km 7 da pista, no sentido da rodovia Castello Branco, e o acidente também envolveu um caminhão. O motorista da carreta foi socorrido com ferimentos leves por uma equipe de socorristas da própria concessionária que administra a via.
O Capitão Augusto Paiva, da Polícia Militar Rodoviária de São Paulo, disse que o helicóptero fazia um pouso de emergência quando foi atingido pelo caminhão que tinha acabado de passar pelo pedágio pela faixa do Sem Parar.
No momento em que o resgate chegou, os bombeiros apagaram o fogo do helicóptero e bloquearam o trânsito da rodovia. O local continua fechado para o tráfego e está sendo avaliado pela perícia da Polícia Civil e da Aeronáutica.
Segundo os bombeiros, a aeronave onde estava Boechat era do modelo BELL 206B, com o prefixo PT-HPG. A empresa proprietária do equipamento é a RQ Serviços Aéreos Especializados.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou que a aeronava estava em situação regular, com o Certificado de Aeronavegabilidade (CA) válido até maio de 2023 e a Inspeção Anual de Manutenção em dia até maio de 2019. O monomotor tinha capacidade máxima de quatro passageiros mais a tripulação.
Ainda segundo a Anac, as investigações sobre as causas do acidente estão sendo conduzidas pelo Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA IV), do Comando da Aeronáutica.
De acordo com a Força Área Brasileira, a primeira etapa do processo de investigação é coletar dados – tirar fotografias da cena do acidente, retirar partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de testemunhas.
O objetivo, segundo a FAB, é prevenir que novos acidentes do tipo ocorram.
Reações
A morte de Boechat chegou aos trending topics do Twitter na tarde desta segunda-feira e levou importantes nomes e instituições brasileiras a se manifestarem.
Por meio de sua conta no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro disse que recebeu com tristeza a notícia da morte de Boechat. “Minha solidariedade à família do profissional e colega que sempre tive muito respeito, bem como do piloto. Que Deus console a todos!”, afirmou o presidente.
O vice-presidente da República, General Hamilton Mourão, manifestou seus sentimentos às famílias de Boechat e do piloto do helicóptero, que estendeu também aos membros da imprensa.
“Aos profissionais da Rede Bandeirantes, radio e televisão, extensivos à classe jornalística, pela triste notícia do acidente que os vitimou. Deus no comando.”
Em nota, a Prefeitura de São Paulo lamentou a morte do jornalista e se solidarizou com sua família e amigos.
“Boechat teve destaque em todas as funções que desempenhou no jornalismo, seja como repórter, comentarista ou apresentador. Sempre empenhado em retratar os fatos de maneira precisa e correta, passou pelos principais veículos de comunicação do país.”
Fonte: BBC Brasil