O álcool vem sendo bastante utilizado para combater as bactérias e evitar a propagação do novo coronavírus, mas o produto possui variações e maneiras corretas de ser utilizado.
Diante disso, a Secretaria de Estado do Piauí (Sesapi), por meio da Diretoria de Vigilância Sanitária divulgou uma nota em que explica sobre os tipos de álcool.
A Sesapi explica que há diferença no álcool de bebidas, no utilizado nos combustíveis e o que é adequado para higienizar superfícies e as mãos. Na cerveja, por exemplo, a concentração de álcool gira em torno de 5%, enquanto o álcool gel, que combate os vírus, possui 70%, e o combustível, 94%.
Devido à pandemia do coronavírus, o álcool gel, que é recomendado para higienizar as mãos, começou a ficar escasso em vários estabelecimentos, mas a diretora da Vigilância Sanitária do Piauí, Tatiana Chaves, comenta que o uso do produto deve ser feito de forma consciente.
“Neste momento, não há necessidade de entrar em pânico quanto à falta de álcool gel no mercado, nem tampouco, de estocá-lo. O uso do produto deve ser feito de forma consciente. A higienização das mãos com água e sabão é eficaz para a desinfecção”, relata a diretora.
Como o álcool gel vendido nas drogarias e supermercados começou a sumir das prateleiras, muitas pessoas optam por produzir o produto em casa, mas Tatiana Chaves alerta que o álcool gel caseiro pode não ter o mesmo efeito, além de não ser recomendado pela ANVISA.
“Para garantir a ação antimicrobiana deve haver todo um processo de produção baseada em qualificação técnica e certificações dos órgãos regulamentadores”, esclareceu a diretora da Vigilância Sanitária do Piauí.
Para a desinfecção de microorganismos (vírus e bactérias) somente é recomendado o uso álcool 70º para higienização das mãos.
Álcool gel caseiro
Fazer o produto em casa não é recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, que vem ao longo dos anos trabalhando no combate a produtos clandestinos. Todo produto deve ser produzido de acordo com as Boas Práticas de manipulação e fabricação, sendo testado através do Controle de Qualidade.
O álcool gel caseiro pode não ser eficaz, uma vez que a eficiência desses produtos na desinfecção depende de um processo de produção certificado em várias etapas, cuja fabricação deve estar de acordo com a Farmacopeia Brasileira, que é um código oficial farmacêutico que estabelece os critérios mínimos para o desenvolvimento dessas substâncias. A simples mistura de produtos não garante sua eficácia.
Confira a nota completa sobre o uso do álcool para desinfecção.
Fonte: Viagora